Categoria Educação

Escolas sem celular reinventam o intervalo com música, leitura e convivência

A Lei 15.100/2025 transformou o ambiente escolar. Sem telas, escolas sem celular pelo Brasil descobriram novas formas de convivência e aprendizado — do forró no Ceará às hortas e rodas de leitura em outros estados.

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As escolas sem celular estão descobrindo novas formas de conectar alunos, sem depender de telas. A Lei 15.100/2025, que proíbe o uso de celulares durante aulas e intervalos na educação básica, reacendeu um antigo desafio: como manter o interesse e a interação dos estudantes em um ambiente digitalmente desconectado?

No Ceará, uma resposta surgiu em ritmo de sanfona. Estudantes da Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Cônego Luiz Braga Rocha, em Ibaretama, transformaram o recreio em um baile de forró. A dança virou símbolo de alegria, convivência e criatividade, mostrando que uma escola sem celular também pode ser um espaço vibrante, acolhedor e inspirador.

Forró e outras ideias que fortalecem as escolas sem celular

Desde que deixaram os aparelhos guardados, os alunos passaram a conversar mais, brincar e descobrir novas afinidades. Além disso, professores relatam melhora na atenção em sala de aula e uma convivência mais leve nos intervalos.

O exemplo cearense inspirou outras redes de ensino. Em Minas Gerais, surgiram rodas de leitura e oficinas de cordel; no Paraná, os jogos de tabuleiro passaram a ocupar os recreios; e em São Paulo, as hortas escolares se transformaram em pontos de encontro entre turmas.

Dessa forma, essas experiências mostram que uma escola sem celular não representa perda, mas sim a redescoberta do convívio humano, da criatividade cotidiana e do prazer de aprender juntos.

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Educação com propósito: o impacto das escolas sem celular

Especialistas em educação afirmam que o afastamento temporário das telas estimula habilidades sociais, imaginação e empatia, pilares essenciais para o aprendizado coletivo. Além disso, a experiência de Ibaretama despertou curiosidade internacional: veículos estrangeiros destacaram o uso do forró como ferramenta pedagógica e cultural.

Essa iniciativa fortalece a identidade regional, amplia o diálogo sobre saúde mental, concentração e bem-estar, e reforça a importância das escolas sem celular como espaços de formação integral

Caminhos e alternativas para as instituições

Embora o processo de adaptação ainda esteja em andamento, muitas instituições buscam equilibrar a proibição dos celulares com o uso pedagógico supervisionado da tecnologia. O objetivo é preservar a essência de uma escola sem celular: foco, escuta e convivência real.

Seja no ritmo do forró ou no silêncio da leitura, o Brasil descobre que aprender juntos pode ser o melhor som do recreio, um símbolo de reconexão entre pessoas, ideias e aprendizagens.