A suspensão das tarifas EUA-Brasil alterou o ritmo das exportações nacionais e trouxe alívio imediato para vários setores. O decreto, assinado na quinta-feira (20/11), pelo presidente americano, Donald Trump, derrubou as taxas de 40% impostas desde julho e liberou mais de 240 produtos brasileiros. A medida impacta quase US$ 5 bilhões em vendas, com destaque para frutas, café e carnes, áreas em que o Nordeste tem forte presença. Para muitos exportadores, essa mudança cria um respiro importante após meses de pressão por causa das tarifas entre Brasil e Estados Unidos.
As tarifas aplicadas pelos EUA haviam ampliado o déficit brasileiro entre julho e agosto. Esse cenário afetou cadeias que dependem do comércio exterior e elevou os custos em segmentos estratégicos. Assim, com a retirada das taxas sobre itens agrícolas, exportadores voltaram a enxergar oportunidades em mercados onde a demanda continua elevada. Bem como, esse movimento reforça o peso das tarifas EUA-Brasil na rotina do agronegócio e na renda de produtores regionais.
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As negociações ganharam ritmo após a reunião entre Mauro Vieira e Marco Rubio em Washington e depois de uma ligação entre Lula e Trump no início de outubro. Portanto, esses contatos ajudaram a destravar posições rígidas e abriram espaço para um avanço parcial. Mesmo assim, parte da indústria brasileira continua afetada pelas tarifas americanas. Itens manufaturados seguem entre os produtos taxados, o que mantém desafios relevantes para setores que competem no mercado internacional.
Tarifas EUA-Brasil e o andamento das negociações
O Itamaraty reforçou que continuará buscando a retirada completa das taxas ainda vigentes. A chancelaria destacou que pretende negociar um acordo mais amplo entre os dois países, analisando concessões para destravar pontos sensíveis. Além disso, os dados mostram que os Estados Unidos acumulam saldo positivo com o Brasil, o que reforça a necessidade de um entendimento mais equilibrado. Contudo, o tema permanece no centro das discussões, porque as tarifas Brasil-EUA influenciam preços, empregos e competitividade.
Veja abaixo a lista dos principais produtos isentos com a suspensão:
- Café e derivados;
- Carne bovina;
- Açaí;
- Frutas;
- Vegetais;
- Castanhas e sementes;
- Chá, mate e especiarias;
- Sucos de frutas e derivados;
- Produtos processados;
- Fertilizantes;
- Produtos de Cacau.
Quais são as perspectivas?
A suspensão parcial das tarifas EUA-Brasil dá novo fôlego ao agronegócio e reduz pressões sobre preços internos. Apesar dos desafios para a indústria, especialistas avaliam que o diálogo diplomático pode fortalecer o comércio bilateral e abrir caminhos para acordos mais amplos. Assim, esse avanço inspira expectativas positivas entre produtores, consumidores e empresas que dependem de previsibilidade para planejar as próximas etapas no mercado internacional.
