Após mais de uma década de ausência, o Rio de Janeiro volta a ocupar as passarelas. O anúncio do Rio Fashion Week (RIOFW) confirma o evento entre 15 e 18 de abril de 2026. O palco será o Pier Mauá, no Porto Maravilha. Dessa forma, a cidade retoma um espaço estratégico no calendário da moda brasileira.
A organização ficará a cargo da International Management Group Brasil (IMM), responsável pelo São Paulo Fashion Week (SPFW). Já a direção criativa será assinada por Paulo Borges. Além disso, a programação prevê cerca de 30 desfiles. Moda, cultura, gastronomia, música e bem-estar estarão integrados. Assim, o Rio busca se reposicionar como vitrine do estilo brasileiro no cenário global.
Além da projeção cultural, o impacto econômico chama atenção. A expectativa é de que o Rio Fashion Week 2026 movimente mais de R$ 200 milhões. Ao mesmo tempo, a organização estima a criação de cerca de 8 mil empregos diretos e indiretos. Com isso, o evento passa a integrar oficialmente o Calendário da Moda Brasileira.
Retorno do Rio Fashion Week com nova estratégia em 2026
O intervalo de mais de dez anos sem uma semana de moda própria marcou o fim do Fashion Rio. Ainda assim, o novo projeto surge com outra proposta. Agora, a IMM assume a organização com experiência em grandes eventos internacionais. Paralelamente, Paulo Borges traz a bagagem de três décadas à frente do SPFW.
“É o Rio vestindo o mundo”, afirmou Alan Adler, presidente da IMM.
Segundo ele, a ideia é levar a identidade carioca ao circuito internacional. Sol, praia e sofisticação urbana fazem parte dessa narrativa. Dessa maneira, o evento aposta em conexão territorial e linguagem global.
A agenda do Rio Fashion Week 2026 vai além das passarelas. Estão previstos debates sobre sustentabilidade, encontros de bem-estar e experiências musicais. Além disso, conteúdos expositivos e um produto audiovisual ligado à moda completam a programação. Com isso, o evento amplia seu diálogo com diferentes públicos.
Empregos e formação no centro do projeto
O Rio Fashion Week 2026 também se apoia em ações sociais. Um dos focos será a capacitação de jovens para a cadeia produtiva da moda. Para isso, programas formativos devem alcançar áreas como costura, design e produção. Assim, o evento cria pontes entre aprendizado e mercado de trabalho.
Segundo a Prefeitura do Rio, a iniciativa fortalece a economia criativa local. Ao mesmo tempo, setores como hotelaria, alimentação e serviços tendem a ser beneficiados. Dessa forma, o impacto vai além dos dias de desfile e se espalha pela cidade.
O setor da moda representa cerca de 3,5% do PIB nacional. Nesse contexto, a criação de um eixo Rio–São Paulo amplia a visibilidade do Brasil no exterior. Além disso, compradores internacionais passam a olhar o país com mais atenção.
Rio Fashion Week 2026 representa um novo ciclo para a moda brasileira
Com a entrada oficial no calendário, o Rio passa a ocupar o primeiro semestre. São Paulo, por sua vez, segue no segundo. Essa divisão cria complementaridade entre as cidades. Ao mesmo tempo, abre espaço para novos estilistas ganharem projeção.
Embora desafios existam, como infraestrutura e concorrência, o projeto aposta em parcerias público-privadas. Segundo a organização, esse modelo garante continuidade ao evento. Ao unir moda, trabalho e formação, o Rio Fashion Week 2026 propõe mais do que desfiles. O evento sinaliza um novo capítulo para a cidade. Com oportunidades reais e olhar social, o Rio volta às passarelas mostrando que estilo também constrói futuros.
