O Brasil celebra um marco histórico no mercado de trabalho. A queda do desemprego levou o país a uma taxa de 5,6% no trimestre encerrado em setembro, repetindo o menor nível desde o início da série do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2012. Esse avanço reflete um cenário de estabilidade e recuperação, sustentado pelo crescimento dos empregos formais, que agora somam 39,2 milhões de brasileiros com carteira assinada.
Além disso, entre julho e setembro, a população ocupada ultrapassou 102 milhões de pessoas, permanecendo em patamar recorde. De acordo com o IBGE, a renda média real chegou a R$ 3.507 — um aumento de 4% em relação ao mesmo trimestre de 2024. Essa melhora na renda reforça o poder de compra das famílias e estimula o consumo, criando um ciclo virtuoso entre emprego, renda e desenvolvimento.
Queda do desemprego impulsiona setores produtivos
A queda do desemprego foi fortalecida por segmentos estratégicos da economia. A agricultura, a pecuária, a pesca e a aquicultura cresceram 3,4%, absorvendo mais trabalhadores e estimulando economias locais. Paralelamente, a construção civil também avançou 3,4%, demonstrando vigor em obras de infraestrutura e habitação.
Em contrapartida, o setor de transporte, armazenagem e correio cresceu 6,7%, impulsionado pelo comércio eletrônico e pela retomada da logística nacional. Já os serviços públicos, que incluem saúde, educação e administração, registraram alta de 3,9%, confirmando o papel do Estado na geração de empregos e na sustentação da economia. Ainda que os serviços domésticos tenham recuado 5,1%, o saldo geral segue amplamente positivo.
Renda crescente reforça queda do desemprego
Com a queda do desemprego, os brasileiros estão não apenas voltando ao mercado, mas também recebendo melhor. A renda média de R$ 3.507, corrigida pela inflação, simboliza uma retomada qualitativa, em que o trabalho formal ganha espaço e dignidade. Essa elevação contribui para um mercado de consumo mais aquecido e sustentável.
Segundo analistas, a taxa de 5,6% representa um nível próximo ao pleno emprego para economias emergentes, indicando amadurecimento estrutural. Além disso, o avanço da formalização garante maior proteção social e previsibilidade para o trabalhador, o que fortalece a confiança e o equilíbrio fiscal.
Cenário otimista e perspectivas futuras
A queda do desemprego e o aumento da renda reforçam o otimismo em relação ao futuro. Caso as condições econômicas se mantenham, o Brasil tende a conservar taxas próximas ao pleno emprego em 2026. Políticas de capacitação, digitalização e incentivo à produção sustentável devem ampliar as oportunidades e consolidar esse novo ciclo positivo.
O país mostra que é possível crescer de forma inclusiva — com mais trabalhadores protegidos, renda em ascensão e confiança renovada na força do trabalho brasileiro.