Categoria Economia

Nova linha IPCA traz estabilidade e previsibilidade ao crédito imobiliário

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o diretor de Regulação do Banco Central, Gilneu Vivan, explicou que a nova linha IPCA trará mais estabilidade às parcelas, reduzirá riscos e poderá impulsionar o crédito imobiliário a partir de 2026.

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A nova linha IPCA, proposta pelo Banco Central, marca uma mudança importante no financiamento da casa própria no Brasil. Em entrevista à Folha de S.Paulo, o diretor de Regulação Gilneu Vivan afirmou que o novo modelo tornará as parcelas mais estáveis e previsíveis, mesmo em períodos de inflação alta. O objetivo é permitir que o mutuário planeje melhor seu orçamento, sem medo de surpresas no valor das prestações.

Vivan explicou que o modelo de crédito do IPCA teve ampla discussão com o setor financeiro e poderá oferecer parcelas iguais ou menores que as dos contratos tradicionais vinculados à TR (Taxa Referencial). O novo formato deve estar disponível a partir de janeiro de 2026, e sua adoção ficará a critério dos bancos.

Como a nova linha IPCA vai funcionar

A estrutura da nova linha IPCA inclui um adicional de amortização, calculado pela média da inflação dos últimos 20 anos. Esse componente suaviza variações e impede que as prestações disparem em momentos de alta inflacionária. Além disso, o modelo reduz o risco para os bancos, que poderão captar recursos com o mesmo indexador usado nos contratos. Essa simetria tende a baixar juros e aumentar a confiança das instituições financeiras.

Segundo Vivan, o novo modelo de crédito do IPCA também facilita a securitização, ou seja, a venda de recebíveis de crédito. Com isso, os bancos terão mais fôlego para liberar novos financiamentos e movimentar o mercado imobiliário.

Entenda abaixo como funciona o IPCA:

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O futuro do crédito habitacional

Com a nova linha IPCA, o Banco Central aposta em um sistema de crédito mais moderno e sustentável. A expectativa, assim, é que a medida amplie o acesso à moradia, especialmente para famílias de renda intermediária. O modelo terá avaliação novamente no final de 2026, mas já é visto como um passo importante para transformar o crédito habitacional brasileiro — unindo previsibilidade, estabilidade e mais oportunidades para quem sonha com a casa própria.