Categoria Economia

Recorde histórico mostra avanço de idosos trabalhando no Brasil

A presença de idosos trabalhando chegou ao maior nível desde 2012, segundo dados do IBGE…

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A presença de idosos trabalhando chegou ao maior nível desde 2012, segundo dados do IBGE referentes a 2024. Como a taxa de ocupação alcançou 24,4%, o registro confirma que 1 em cada 4 pessoas com 60 anos ou mais permanece ativa no mercado de trabalho. Esse avanço surge com o aumento da expectativa de vida e com os efeitos da reforma da Previdência. O instituto aponta que esses fatores reforçam a expansão da ocupação de idosos em diferentes regiões.

Logo no início da pesquisa, o IBGE identificou queda na desocupação, que recuou para 2,9%, além de redução da subutilização, agora em 13,2%. A expansão da ocupação de idosos ocorre em um país que soma 34,1 milhões de pessoas nessa faixa etária. Esse aumento ampliou o peso da participação da população idosa no mercado de trabalho. O crescimento também fortalece a noção de longevidade ativa, hoje comum entre idosos trabalhando em muitos setores produtivos.

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idosos trabalhando: avanço contínuo no país

Entre 60 e 69 anos, a diferença de participação entre gêneros ainda chama atenção. Enquanto 48% dos homens estavam ocupados, apenas 26,2% das mulheres exerciam alguma atividade em 2024. Mesmo assim, o avanço feminino foi determinante para o recorde atual. Em 2019, esse índice era de apenas 14,6%. O trabalho de idosos acima dos 70 anos recua de forma intensa, com 15,7% dos homens e 5,8% das mulheres ainda ativos. Essa redução mostra limites naturais que também afetam idosos trabalhando em idades avançadas.

Ao longo da análise, o IBGE mostrou que 51% acumulavam duas posições de trabalho, o que impulsiona autonomia financeira. Contudo, a informalidade continua alta e atinge 55,7% dos idosos. O cenário é ainda mais acentuado entre pretos e pardos, grupo no qual apenas 38,8% têm vínculos formais. Esses recortes de raça e cor evidenciam desigualdades que influenciam bem-estar, renda média e proteção social, sobretudo entre idosos no trabalho que enfrentam menor formalização.

Tendências da longevidade ativa

No campo econômico, a média salarial dos idosos chegou a R$ 3.561, acima do resultado entre pessoas de 14 anos ou mais. Apesar desse avanço, persistem diferenças importantes entre homens, mulheres, brancos, pretos e pardos. Além disso, o rendimento-hora de quem permanece idosos no trabalho alcança R$ 25,60. Esse indicador ajuda a projetar caminhos de valorização do trabalho experiente. Essa dinâmica reforça debates sobre inclusão produtiva e abre possibilidades futuras para idosos trabalhando em um cenário que busca mais justiça e participação.