Categoria Cultura

Túmulo de Cleopatra ganha nova pista após achado submerso no Egito

Descoberta de um porto submerso ligado a Taposiris Magna reforça hipóteses sobre o possível Túmulo de Cleopatra e impulsiona novas escavações lideradas por Kathleen Martínez.

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A busca pelo Túmulo de Cleopatra ganhou novo impulso em 18/09, quando o Egito anunciou a descoberta de um porto submerso conectado ao templo de Taposiris Magna. Desde então, a pesquisa liderada pela exploradora Kathleen Martínez se fortaleceu, já que o achado dialoga com evidências reunidas ao longo de duas décadas. Além disso, o vínculo estrutural com o túnel de 1.300 metros encontrado em 2022 amplia o alcance da investigação sobre o Egito antigo.

Assim que as formações subaquáticas apareceram no Mediterrâneo, Bob Ballard, arqueólogo marinho da National Geographic, confirmou blocos, colunas, pisos polidos e ânforas preservadas sob sedimentos. Conforme avançavam os mergulhos, novos indícios reforçaram que o ponto costeiro pode ter servido ao templo. “Nós o encontramos”, declarou Ballard ao observar as imagens mapeadas. Dessa forma, a hipótese de ligação direta com Taposiris Magna ganhou força enquanto cerâmicas compatíveis com o período de Cleópatra VII surgiam entre as estruturas.

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Túmulo de Cleopatra inspira novas frentes de escavação

Com o achado, o passado da rainha voltou ao centro das escavações conduzidas por Martínez, que interpreta a história como uma investigação contínua. Em Taposiris Magna, sua equipe já catalogou mais de 2.600 objetos, entre moedas com a imagem da soberana e cerâmicas datadas de 51 a 30 a.C. Além disso, a arqueóloga atribui sentido especial ao templo dedicado a Ísis, divindade com a qual Cleópatra se identificava profundamente. “Ela não queria morrer como escrava ou prisioneira”, afirma Martínez. As pesquisas seguem com apoio da Marinha egípcia e de universidades da República Dominicana.

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Túmulo de Cleopatra orienta pesquisas terrestres e subaquáticas

Martínez também considera que terremotos registrados entre 320 e 1303 d.C. podem ter afundado partes do complexo, o que explicaria estruturas hoje submersas. Paralelamente, o novo mapa tecnológico criado pela equipe de Ballard delineia áreas essenciais para perfurações futuras, especialmente na zona chamada Salam 5. Embora o Túmulo de Cleopatra permaneça não localizado, estudiosos como Sara E. Cole destacam que essas descobertas ampliam a compreensão sobre o período ptolomaico. Assim, as novas evidências ajudam a orientar os próximos passos da equipe.

Rota para o descanso final de uma rainha

O possível sepulcro de Cleopatra segue no horizonte das investigações, e a união entre tecnologia, arqueologia e persistência abre caminhos inéditos. À medida que surgem novas peças do quebra-cabeça, cresce a compreensão sobre Taposiris Magna, suas camadas históricas e a resistência cultural da rainha. Por isso, o futuro das escavações deve integrar análises terrestres e subaquáticas, guiando cientistas em uma jornada que honra o passado e inspira o presente com a força da busca humana pelo desconhecido.