Categoria Cultura

Laboratório brasileiro na Antártica ganha projeção global em série com Will Smith

O laboratório Criosfera 1, coordenado pela Ufrgs, foi escolhido como cenário de um documentário internacional apresentado por Will Smith, levando a ciência brasileira na Antártica ao público global.

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O laboratório brasileiro na Antártica passou a ocupar espaço de destaque em uma produção internacional sobre o clima. O Criosfera 1, mantido por pesquisadores brasileiros em uma das regiões mais extremas do planeta, aparece na série Pole To Pole, apresentada por Will Smith.

A informação foi divulgada pelo Brasil de Fato, que destaca a escolha da base científica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) pela National Geographic. O documentário estreia em 13 de janeiro de 2026 na plataforma Disney+, ampliando a visibilidade da ciência produzida no país.

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Laboratório brasileiro na Antártica e pesquisa em condições extremas

Inaugurado em 2012, o Criosfera 1 está instalado sobre o manto de gelo da Antártica Ocidental. Além disso, o módulo funciona com energia solar e eólica. Essa estrutura permite a coleta contínua de dados sobre atmosfera, gelo e gases, mesmo durante o rigor do inverno polar.

Ao mesmo tempo, o laboratório brasileiro na Antártica reúne pesquisadores de várias instituições. Participam universidades como a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e a Universidade de São Paulo (USP), além do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Essa cooperação fortalece a presença científica do Brasil no continente gelado.

“O documentário torna visível um trabalho que a universidade desenvolve há muitos anos. A pesquisa na Antártica ajuda a relacionar emissões de gases com eventos climáticos que atingem diretamente o Brasil”, afirma Márcia Barbosa, reitora da Ufrgs.

Da Antártica ao público global

Durante o verão antártico de 2022, Will Smith esteve no Criosfera 1 para acompanhar a rotina dos cientistas. Assim, o laboratório brasileiro na Antártica passou a integrar uma jornada de 100 dias pelos sete continentes, que conecta ciência, território e experiência humana.

Ao longo da série, o ator visita regiões como a floresta amazônica, o Himalaia e o Ártico. Dessa forma, os dados coletados no gelo antártico ganham contexto global. O público passa a entender como medições feitas no extremo sul influenciam previsões sobre ondas de frio, secas e enchentes.

Caminhos adiante a partir do gelo

A experiência do Criosfera 1 impulsionou a instalação do Criosfera 2, concluída em 2023, ainda mais ao sul do continente. Juntos, os módulos consolidam o Brasil como referência em ciência polar. Ao integrar uma produção internacional, o laboratório brasileiro na Antártica reforça o alcance do conhecimento público e mostra como a pesquisa nacional ajuda a iluminar os desafios climáticos do futuro.