O Hanukkah voltou ao centro do debate público depois que um ataque em Sydney, na Austrália, neste domingo (14/12), atingiu pessoas reunidas para celebrar o feriado judaico na praia de Bondi. A data, marcada por rituais de luz e encontro comunitário, costuma transformar praças e residências em locais de partilha simbólica. Com isso, o episódio levou a tradição, muitas vezes vivida em círculos familiares, ao noticiário internacional e ampliou a atenção sobre práticas religiosas realizadas em espaços abertos.
A celebração de Hanukkah relembra acontecimentos do século II antes da era comum, quando os Macabeus retomaram o Segundo Templo de Jerusalém. De acordo com a tradição judaica, durante a reconsagração do templo, os sacerdotes encontraram óleo suficiente para manter o candelabro aceso por apenas uma noite. No entanto, a chama permaneceu acesa por oito dias, período necessário para preparar novo óleo consagrado. Por essa razão, essa narrativa sustenta o sentido espiritual do feriado e segue transmitida entre gerações como símbolo de fé e continuidade histórica.
Como Hanukkah é celebrado hoje
Atualmente, as famílias celebram Hanukkah com o acendimento progressivo de velas em um candelabro chamado menorá, também conhecido como hanukkiyah. A cada noite, os participantes acrescentam uma nova vela, o que reforça a ideia de memória coletiva e passagem do tempo. Além disso, alimentos preparados com óleo, em referência ao episódio histórico, e canções tradicionais integram a vivência cultural do feriado judaico, tanto em ambientes privados quanto em eventos públicos.
Símbolos de preservação cultural
Outro símbolo presente durante Hanukkah é o dreidel, um pião usado em jogos infantis. A brincadeira surgiu em um contexto histórico específico: em períodos de repressão, comunidades judaicas utilizavam o jogo como disfarce quando autoridades proibiam o estudo da Torá. Dessa forma, práticas lúdicas também ajudaram a manter viva a identidade religiosa e cultural ao longo dos séculos.
Ao ganhar visibilidade global, Hanukkah abriu espaço para ampliar o entendimento sobre tradições judaicas em sociedades diversas. Mesmo diante de episódios de tensão, o feriado segue como um lembrete de que identidade, memória histórica e convivência religiosa podem ocupar o espaço público.
