Categoria Cotidiano

Violência digital contra a mulher passa a ser tratada na Lei Maria da Penha

O Senado aprovou projeto que inclui violência digital contra a mulher na Lei Maria da Penha. A medida protege vítimas de perseguição online e exposição de intimidade, fortalecendo a segurança no ambiente digital.

Na quarta-feira (1/10), a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o projeto que insere a violência digital contra a mulher na Lei Maria da Penha. A decisão amplia o alcance da legislação e reconhece que ameaças, perseguições e exposições de intimidade em redes sociais ou aplicativos configuram também violência doméstica e familiar. Com a mudança, autoridades poderão aplicar medidas protetivas de forma imediata e, dessa forma, garantir mais segurança às mulheres que sofrem agressões virtuais.

Exemplos de violência digital contra a mulher

A inclusão da violência digital contra a mulher responde a episódios cada vez mais comuns no país. Pesquisas apontam que a maioria das vítimas de exposição íntima sem consentimento são mulheres, muitas vezes submetidas a chantagens. Além disso, casos de perseguição por mensagens insistentes, criação de perfis falsos e manipulação de imagens com deepfake ampliam o impacto emocional. Por outro lado, ao explicitar esses crimes na lei, o Estado oferece mais clareza para o Judiciário e mais confiança para que as vítimas denunciem.

Ao ampliar a Lei Maria da Penha, o Brasil se aproxima de países como Espanha, França e México, que já adotaram legislações específicas contra agressões digitais. Dessa forma, a atualização fortalece a proteção das vítimas, garante respaldo jurídico em situações cada vez mais frequentes e projeta um futuro de mais segurança no espaço virtual. A inclusão da violência digital contra a mulher indica esperança de que a tecnologia sirva à liberdade e não ao abuso.