Na manhã de sexta-feira, 4 de outubro de 2025, um ônibus em Porto Alegre transformou-se em cenário de susto e também de esperança. O veículo, que levava 55 adolescentes e dois acompanhantes, perdeu o controle no centro da cidade, colidiu com carros e em seguida pegou fogo — mas, surpreendentemente, todos sobreviveram. A história que parecia caminhar para a tragédia acabou revelando atos de coragem, união e a força silenciosa da solidariedade.
O motorista havia interrompido o trajeto para verificar um problema mecânico e, conforme relatou, acionou o freio de mão. Mesmo assim, o coletivo começou a descer desgovernado por uma ladeira no centro de Porto Alegre. Em poucos segundos, o cenário de normalidade deu lugar ao pânico. O ônibus atingiu cerca de dez carros antes de parar e incendiar-se, segundo a Polícia Civil, em Porto Alegre.
Enquanto o fogo se espalhava, os estudantes tentavam abrir as janelas e gritaram por ajuda. Nesse instante, a reação espontânea de quem estava dentro e fora do ônibus mostrou que a solidariedade é uma força rápida e contagiosa.
Heróis em meio às chamas
Entre os adolescentes, Túlio Pelin (17 anos) e Ariel da Silva (18 anos) decidiram agir. Eles pegaram os extintores, quebraram vidros e abriram caminho para que os colegas escapassem. Do lado de fora, Evandro Conceição, porteiro de um prédio próximo, correu ao ouvir o estrondo. Sem hesitar, ele quebrou mais janelas e retirou cerca de oito jovens das chamas. “Foi instinto, só pensei em tirar eles dali”, relatou ao Correio do Povo.
Ao mesmo tempo, comerciantes, motoristas e pedestres se aproximaram para ajudar. A cada adolescente salvo, os aplausos e o alívio aumentavam, provando que a coragem coletiva nasce quando alguém decide agir primeiro.
Minutos que pareceram eternos dentro do ônibus em Porto Alegre
As equipes do Corpo de Bombeiros chegaram rapidamente, e, graças à agilidade do resgate, o fogo foi controlado em poucos minutos. Cerca de 12 pessoas foram atendidas com sintomas de inalação de fumaça e ferimentos leves, mas nenhuma morte foi registrada pelo incêncio do ônibus em Porto Alegre. O prédio atingido teve parte da fachada danificada, embora ninguém tenha se ferido.
Por isso, quando o último estudante saiu do ônibus, o que se ouviu foram gritos de alívio e choro de gratidão. Apesar do susto, todos os sobreviventes puderam se abraçar e reconhecer a força invisível que os manteve vivos.
Um exemplo que Porto Alegre não vai esquecer
O caso do ônibus em Porto Alegre se transformou em símbolo de união. Em poucos minutos, desconhecidos se tornaram aliados, e o medo deu lugar à compaixão. Esse episódio mostrou que a cidade é feita de pessoas dispostas a agir umas pelas outras.
Assim, Porto Alegre amanheceu diferente: com a lembrança de que a vida é frágil, mas o instinto de salvar o outro é imenso. No lugar do fogo, ficaram apenas as marcas de humanidade que reacendem a fé nas pessoas.