O navio Mado 4 naufragado voltou à superfície depois de quase dez anos de esforços contínuos. A recuperação, confirmada pelo Instituto Nacional de Pesquisa do Patrimônio Marítimo ao The Korea Herald, reacendeu o interesse pela engenharia naval da era Joseon. Como permaneceu protegido por areia durante seis séculos, o casco preservou detalhes raros sobre o transporte oficial de grãos entre Naju e Hanyang, atual Seul.
Logo após a retirada do cargueiro, pesquisadores catalogaram mais de 120 artefatos. Eles incluíam etiquetas de madeira, recipientes de arroz e porcelanas enviadas ao governo. Esses itens confirmam que o cargueiro Mado 4 naufragado integrava o sistema joun, responsável por conduzir tributos entre províncias. Assim, cada descoberta amplia o entendimento sobre como a logística estatal organizava o abastecimento no início do século 15.
A engenharia do navio naufragado
O casco oferece pistas técnicas valiosas. Ele apresenta dois mastros, algo raro entre embarcações coreanas já estudadas. Além disso, traz pregos de ferro e marcas de reparos metálicos considerados pioneiros na região. Conforme os pesquisadores explicam, o conjunto indica um avanço construtivo incomum para o período, o que torna o barco Mado 4 resgatado ainda mais relevante para a arqueologia subaquática.
Durante as escavações, mergulhadores identificaram outro casco próximo ao ponto original. Ele estava acompanhado de cerâmicas celadon datadas entre 1150 e 1175. Embora a análise ainda esteja em andamento, a hipótese sugere que esse naufrágio pode ser o mais antigo já registrado na Coreia. Desde então, Taean se firma, gradualmente, como um dos principais corredores de estudo histórico, pois mais de dez embarcações foram encontradas na área desde 2007.
Um novo olhar para o legado da embarcação Mado 4 naufragada
Enquanto a dessalinização avança, o Museu Marítimo de Taean exibe os artefatos já preservados. A mostra reforça a vocação científica da cidade e a intenção institucional de transformá-la em referência continental. Dessa forma, cada etapa do processo amplia o alcance do navio Mado 4 naufragado e inspira novas investigações, lembrando que o passado continua vivo nas águas que moldaram a história coreana.
