O naufrágio no Canadá descoberto nas profundezas do Lago Ontário trouxe à tona um capítulo quase esquecido da história naval norte-americana. Segundo reportagem da Revista Galileu, a embarcação de madeira repousa a cerca de 100 metros de profundidade e mantém uma integridade que surpreendeu especialistas. Embora a missão inicial buscasse um navio do início do século 20, as imagens revelaram algo ainda mais antigo, possivelmente construído entre 1800 e 1850.
Ao avançar na investigação do naufrágio no Canadá, mergulhadores identificaram dois mastros ainda erguidos e um casco praticamente intacto. Heison Chak, presidente do Conselho Subaquático de Ontário, afirmou que nunca havia visto preservação semelhante em duas décadas de exploração. Além disso, a profundidade extrema protegeu a estrutura de interferências humanas comuns em áreas mais rasas.
Detalhes técnicos que reescrevem a história
A análise técnica reforçou a relevância histórica do naufrágio no Canadá. O arqueólogo marítimo James Conolly observou que a embarcação foi construída sem peças metálicas, utilizando apenas cordas e encaixes de madeira. Do mesmo modo, a ausência de quilha retrátil indica um período anterior às inovações difundidas após a década de 1850, ligadas ao segundo Canal Welland.
“Encontrar um naufrágio no Canadá tão bem preservado é como abrir uma janela direta para a engenharia naval do início do século 19. A profundidade e as águas frias do Lago Ontário criaram condições raras para que essa embarcação chegasse até nós quase intacta”, afirma Heison Chak, presidente do Conselho Subaquático de Ontário, em declaração reproduzida pela Revista Galileu.
Esses elementos posicionam o naufrágio no Canadá dentro de um intervalo pouco documentado da navegação nos Grandes Lagos. Naquele período, o comércio regional crescia rapidamente, enquanto pequenos estaleiros produziam navios sem deixar registros formais. Como resultado, muitos desses projetos desapareceram sem deixar rastros históricos claros.
Próximas etapas após o naufrágio no Canadá
A equipe pretende retornar ao local do naufrágio no Canadá para realizar medições detalhadas e coletar amostras de madeira. Essas análises permitirão datar o casco com precisão e, possivelmente, identificar a origem do material. Com isso, será possível compreender melhor como a engenharia naval contribuiu para o desenvolvimento econômico da região.
O naufrágio no Canadá não representa apenas um achado arqueológico, mas também uma oportunidade rara de conectar ciência, memória e identidade histórica. Ao revelar detalhes preservados pelo frio e pela profundidade, o navio amplia o entendimento sobre um período decisivo da navegação continental e projeta novos caminhos para a arqueologia subaquática nas Américas.
