O centenário da Corrida Internacional de São Silvestre, realizado em 2025, marcou uma virada simbólica para as mulheres. Segundo a Agência Brasil, o evento reuniu 55 mil inscritos de 44 países. As mulheres representaram 47% do total, o maior índice já registrado na história da prova.
Esse dado ganha ainda mais peso quando se observa o passado da competição. Até 1975, a organização não permitia a presença feminina. Hoje, o cenário é outro. Corredoras ocupam as ruas de São Paulo para competir e afirmar autonomia, bem-estar e pertencimento.
Mulheres na São Silvestre e o impacto além do pódio
Além dos números, as mulheres na São Silvestre acumulam histórias de transformação pessoal. A corrida deixou de ser apenas uma disputa esportiva. Ela passou a representar um espaço de cuidado emocional e expressão individual. Para muitas atletas, o treino diário se tornou uma ferramenta de equilíbrio.
Jeane dos Santos, corredora brasileira: “Hoje a corrida é uma libertação para nós, mulheres. Quando eu começo a correr ou vou treinar, esqueço do mundo, esqueço de tudo e me sinto livre.”
Relatos como esse ajudam a explicar o crescimento Mulheres na São Silvestre. Muitas corredoras veem o percurso urbano como uma extensão da própria vida.
Técnica, cultura esportiva e desafios competitivos
Apesar do avanço feminino, o Brasil ainda convive com um jejum de vitórias. O país não vence no feminino desde 2006 nem no masculino desde 2010. Atletas apontam que o domínio africano vem do treino em grupo e da cultura coletiva. No Brasil, a preparação segue mais individualizada. Ainda assim, a expansão das mulheres na São Silvestre amplia a base para futuras conquistas.
O trajeto clássico de 15 quilômetros mantém seu valor simbólico. A largada acontece na Avenida Paulista. O percurso cruza pontos icônicos da cidade. A chegada ocorre em frente à Fundação Cásper Líbero, encerrando o calendário esportivo nacional.
Horizontes positivos
Ao completar 100 edições, a São Silvestre reforça um legado que vai além do cronômetro. A presença crescente das mulheres na São Silvestre aponta para um esporte mais aberto. Correr, hoje, também é um gesto de cuidado, liberdade e construção de futuros mais inclusivos.
