Nesta terça-feira (21 de outubro), o céu se tornará palco de uma exibição natural impressionante: os meteoros Orionídeas. O fenômeno ocorre porque a Terra cruza o rastro deixado pelo Cometa Halley, que visitou o sistema solar pela última vez em 1986. Graças à lua nova, o céu estará mais escuro, o que permitirá observar cada traço luminoso com nitidez. Por isso, o momento será ideal para quem deseja redescobrir a beleza do cosmos.
A melhor hora para ver os meteoros Orionídeas
De acordo com a NASA e o portal Space.com, o pico da chuva de meteoros Orionídeas acontece entre as noites de 20 e 21 de outubro. Em locais com pouca poluição luminosa, é possível enxergar até 20 meteoros por hora, cruzando o firmamento a uma velocidade média de 66 quilômetros por segundo. Além disso, a radiante — o ponto do qual parecem surgir — fica próxima da estrela Betelgeuse, na constelação de Órion, que estará visível a leste logo após a meia-noite.
Onde observar os meteoros Orionídeas no Brasil
As condições no hemisfério sul são excelentes para a observação dos meteoros Orionídeas. Cidades como Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte terão céus propícios, especialmente em áreas afastadas das luzes urbanas. Segundo o site EarthSky, o melhor horário para assistir à chuva de meteoros será entre 1h e 4h da madrugada, quando a constelação de Órion estará mais alta. Assim, quanto mais escuro o ambiente, mais espetacular será o brilho das chamadas “estrelas cadentes”.
Fragmentos do Halley que se transformam em meteoros Orionídeas
Cada meteoro é um pedaço antigo do Cometa Halley, lançado há séculos no espaço. Quando essas partículas atingem a atmosfera terrestre, elas queimam rapidamente, criando os riscos luminosos que tanto encantam os observadores. Ao ver as Orionídeas, estamos, na verdade, testemunhando o reencontro entre o passado e o presente — o instante em que fragmentos de um cometa distante se tornam luz diante de nossos olhos.
Um espetáculo cósmico
Observar os meteoros Orionídeas é mais do que uma curiosidade astronômica; é um exercício de contemplação. Enquanto os fragmentos do Halley cruzam o céu, eles lembram que o universo está em constante movimento e que fazemos parte dessa dança luminosa. Assim, nesta madrugada, quem erguer o olhar verá mais do que uma chuva de meteoros: verá a história do cosmos escrita em traços de luz.
