A influenciadora Mariana Goldfarb, ex companheira do ator Cauã Reymond, transformou uma experiência marcada por dor em ponte para que outras mulheres se reconheçam e busquem ajuda. Seu depoimento na campanha dos 21 Dias de Ativismo do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) expõe como a violência psicológica se infiltra no cotidiano com sutileza, mas provoca efeitos profundos. Ao revisitar quedas de cabelo, insônia, perda de apetite e a sensação de viver “com apenas 5% de oxigênio”, Mariana ilumina um assunto que, por muito tempo, permaneceu sem nome. Assim, seu relato se torna uma porta de entrada para discutir caminhos reais de proteção, acolhimento e denúncia.
Como o MPRJ amplia proteção e fortalece direitos
A presença de Mariana Goldfarb reforça a dimensão humana de uma campanha construída sobre avanços legais concretos. De acordo com o MPRJ, os últimos anos trouxeram mudanças que ampliaram a segurança de meninas e mulheres em múltiplos níveis. Entre elas, destacam-se o sigilo do nome da vítima, o afastamento imediato do agressor, a apreensão de armas, o atendimento especializado 24 horas e o monitoramento eletrônico de homens envolvidos em casos de violência doméstica. Além disso, leis recentes reconhecem a violência psicológica, o assédio digital e o uso abusivo de inteligência artificial como formas puníveis de agressão, o que cria uma rede mais abrangente de proteção. Dessa forma, a campanha relaciona histórias pessoais e transformações legislativas de forma clara e orientada ao cuidado.
Da dor à denúncia: quando a história de Mariana Goldfarb encontra a lei
O depoimento de Mariana Goldfarb ajuda a esclarecer que muitas mulheres só percebem o abuso quando os sinais já se traduzem em exaustão emocional e física. Contudo, a legislação brasileira passou a reconhecer esses sintomas como parte de um ciclo de violência que precisa ser interrompido. A criminalização do stalking, a punição para o descumprimento de medidas protetivas e a Lei do Sinal Vermelho ampliam as chances de intervenção precoce. Além disso, protocolos recentes abordam agressões em ambientes como internet, instituições e relações afetivas. A convergência entre vivência pessoal e legislação atual mostra que romper o silêncio deixou de ser um caminho solitário.
“Consegui sair num momento que eu tinha só mais 5% de oxigênio. Ou usava aqueles 5% naquele momento, ou ali eu ia morrer.” — Mariana Goldfarb, em depoimento à campanha do MPRJ
A resposta institucional: acolhimento, canais e apoio especializado
Segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, mulheres que enfrentam violência podem recorrer à Ouvidoria da Mulher, para garantir orientação jurídica. Além disso, situações de risco devem ser comunicadas pelo telefone 190, enquanto casos não emergenciais podem ser registrados presencialmente nas unidades do MPRJ. Por isso, a campanha destaca serviços acessíveis que conectam proteção legal, saúde, atendimento psicológico e suporte social. A presença de Mariana Goldfarb fortalece essa mensagem ao mostrar que reconhecer o abuso é o primeiro passo para recuperar autonomia e refazer a vida. Assista ao depoimento:
Avanços que ampliam a proteção às mulheres
O depoimento de Mariana Goldfarb ecoa mudanças que reforçaram a defesa das mulheres no país. Entre os avanços mais recentes, destacam-se:
- Atendimento especializado e contínuo para vítimas de violência doméstica.
- Possibilidade de o Ministério Público iniciar processo mesmo sem representação da vítima.
- Criminalização da importunação sexual, do stalking e da violação de intimidade.
- Afastamento imediato do agressor e apreensão de armas pela polícia.
- Sigilo do nome da vítima em processos e prioridade em atendimentos de saúde e assistência.
- Protocolos contra assédio, como o “Não é Não”, e reconhecimento da violência institucional.
- Monitoramento eletrônico de agressores e punições ampliadas quando há uso de inteligência artificial.
- Atendimento odontológico gratuito para reconstrução dentária em casos de violência.
Horizonte de esperança: o impacto social da campanha com Mariana Goldfarb
A participação de Mariana Goldfarb amplia o alcance da campanha, trazendo visibilidade para leis que mudaram a realidade das mulheres em todo o país. Ao relacionar sua história a uma agenda de avanços jurídicos e sociais, o MPRJ constrói um chamado público para que cada mulher saiba que não está sozinha. A soma de informação, acolhimento e direitos cria um cenário em que romper ciclos de violência se torna possível. Assim, a campanha reafirma um futuro em que histórias antes marcadas por silenciamento encontram proteção, voz e oportunidade de recomeço.
A campanha do MPRJ indica que a proteção depende de novas leis, de informação clara e de redes capazes de acolher quem decide pedir ajuda. Quando figuras públicas como Mariana Goldfarb compartilham suas experiências, o tema ganha força social e contribui para que mulheres identifiquem sinais antes invisíveis.
