Categoria Cotidiano

Elon Musk diz que trabalhar pode se tornar opcional; entenda se isso é possível

Segundo o bilionário, com a IA o futuro do trabalho será diferente de hoje e o dinheiro, irrelevante.

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A discussão sobre o futuro do trabalho voltou ao centro das conversas após Elon Musk afirmar que, em 10 a 20 anos, atuar profissionalmente poderá se tornar uma escolha. Para o empresário, sistemas avançados de IA e robótica assumirão atividades operacionais, permitindo que cada pessoa decida se deseja trabalhar. “Minha previsão é que o trabalho será opcional”, disse durante um fórum em Washington.

“Será como praticar esporte ou jogar videogame. Se você quiser trabalhar, será do mesmo jeito que você pode ir ao supermercado comprar vegetais ou pode plantá-los no quintal. É muito mais difícil plantar vegetais no quintal, e algumas pessoas ainda fazem isso porque gostam”, continuou o bilionário.

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Ele mencionou como inspiração o universo criado pelo escritor escocês Iain Banks na série “A Cultura”, publicada entre 1987 e 2012. As obras apresentam sociedades pós-escassez, sustentadas por uma “inteligência artificial suprema” capaz de fornecer recursos ilimitados. Para Musk, a ficção de Banks oferece “um vislumbre do que pode ser um futuro positivo com IA”.

Futuro do trabalho reacende discussões sobre carreira

Essa visão sobre o fururo do trabalho aparece em um momento marcado por desafios e longas jornadas. Ao mesmo tempo, especialistas observam que a automação já retira parte das tarefas repetitivas do cotidiano. Assim, segundo Ali Gohar, da Software Finder, profissionais altamente qualificados poderão deixar de trabalhar em cerca de duas décadas, embora milhões ainda dependam do emprego para manter estabilidade financeira. Além disso, ele destaca que plataformas low-code e sistemas automatizados aceleram essa transformação em empresas de tecnologia o que influência na dinâmica do futuro do trabalho.

Também cresce o debate sobre o real valor humano nas organizações. Kaz Hassan, da Unily, afirma que modelos antigos de produtividade se desgastam diante da IA. Para ele, empresas que tentam automatizar tudo descobrem algo essencial: o trabalho humano menos visível se torna uma vantagem estratégica. “Otimizamos métricas que a IA destrói com facilidade”, explica, ao defender que impacto e contribuição devem ser avaliados de forma mais ampla.

Essa mudança abre espaço para habilidades que continuam indispensáveis. Assim, criar conexões, interpretar contextos complexos, guiar decisões e promover colaboração seguem como pilares no dia a dia das equipes. Conforme Hassan observa, companhias que combinam tecnologia e capacidades humanas tendem a formar profissionais ampliados, capazes de unir criatividade, empatia e análise com naturalidade.

A automação alivia tarefas repetitivas, enquanto fortalece aspectos humanos que trazem sentido e bem-estar às equipes, o que pode modificar o futuro do trabalho. Nesse sentido, especialistas apontam que adaptar práticas internas ajuda empresas a usar a IA como apoio e não como substituição total.

Perspectivas sobre um novo ciclo profissional

Esse debate provocado por Elon Musk sobre o futuro do trabalho revela que a integração entre pessoas e IA pode fortalecer ambientes mais equilibrados, ampliando propósito e impacto no cotidiano mostra que integrar pessoas e IA pode fortalecer equipes. A tecnologia tende a abrir caminhos mais equilibrados para quem busca propósito e impacto.

Nos últimos meses, Musk tem reiterado sua expectativa de um futuro do trabalho marcado por uma economia totalmente automatizada. Nesse cenário, em uma reunião recente com investidores, ele afirmou que apenas robôs altamente avançados serão capazes de eliminar a pobreza. Portanto, com máquinas assumindo todas as atividades produtivas, caberia ao governo garantir a distribuição de uma renda universal.