Categoria Cotidiano

Convivência entre gerações ajuda a combater o etarismo e fortalece vínculos sociais

Especialistas da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e do Ministério dos Direitos Humanos apontam que a convivência entre gerações é o caminho para combater o etarismo no Brasil. O diálogo entre jovens e idosos ajuda a quebrar estereótipos, fortalecer vínculos e promover um envelhecimento saudável e ativo.

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A convivência entre gerações vem se mostrando uma poderosa aliada na luta contra o etarismo, o preconceito baseado na idade que ainda atinge milhões de brasileiros. Segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil, a troca entre jovens e idosos reduz o isolamento e valoriza o envelhecimento como parte natural da vida. Além disso, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a população idosa quase dobrou desde 2000, passando de 15,2 milhões para 33 milhões de pessoas.

Convivência entre gerações e o desafio do etarismo

A fisioterapeuta Isabela Azevedo Trindade, presidente do Departamento de Gerontologia da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), explica que o etarismo aparece em várias situações. Ele surge na exclusão de profissionais mais velhos, na infantilização dentro das famílias e até no atendimento médico. Segundo ela, esse preconceito pode afetar a saúde física e mental dos idosos. Por isso, a convivência entre gerações é fundamental para criar empatia e fortalecer laços sociais.

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Convivência entre gerações como política de futuro

Para Isabela, é urgente incluir o envelhecimento nas discussões públicas e nos meios de comunicação. Mostrar idosos ativos, produtivos e integrados ajuda a mudar a percepção social. Além disso, capacitar profissionais de saúde e criar programas de inclusão laboral são passos importantes. Dessa forma, a convivência entre gerações deixa de ser apenas uma ideia e se torna uma política de futuro, com impacto positivo para todas as idades.

Ações que aproximam gerações

No Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), o secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Alexandre da Silva, defende que o enfrentamento ao etarismo começa na escola. Para isso, o ministério lançou o gibi Turma da Mônica em: Intergeracionalidade. A publicação ensina o valor da convivência entre gerações com histórias que falam de respeito, diversidade e amizade. O projeto faz parte do programa Viva Mais Cidadania, que também inclui ações de alfabetização e inclusão digital para pessoas idosas.

Um novo olhar sobre o envelhecer

A convivência entre gerações mostra que envelhecer é compartilhar saberes, não perder importância. Quando jovens e idosos trocam experiências, constroem juntos um futuro mais humano. Portanto, promover espaços de encontro e diálogo é investir em uma sociedade mais empática. O Brasil, ao valorizar essas relações, se aproxima de um ideal onde o envelhecer é sinônimo de vida plena e digna.