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Fim da escala 6×1 avança no Senado e pode mudar a rotina de milhões de brasileiros

O fim da escala 6×1 avançou no Senado após aprovação na CCJ. A proposta reduz a jornada semanal e segue agora para votação em plenário.

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O fim da escala 6×1 entrou em uma nova fase no Congresso após a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovar uma proposta que reduz a jornada semanal e garante mais dias de descanso. A decisão reacendeu o debate sobre tempo, saúde e qualidade de vida, além de abrir um caminho institucional mais rápido para alterar a rotina de trabalho de milhões de brasileiros.

Senado assume protagonismo no fim da escala 6×1

No Senado, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 148/2025 prevê uma transição gradual. Primeiro, a jornada máxima cai de 44 para 40 horas semanais. Depois, ao longo de quatro anos, o limite recua até 36 horas. Além disso, o texto estabelece até cinco dias de trabalho por semana, encerrando o regime 6×1, sem redução salarial. Segundo o relator Rogério Carvalho, a medida pode alcançar trabalhadores, famílias e empregadores, com reflexos diretos na economia.

Apoio

Ainda assim, o texto precisa do aval do plenário do Senado e, depois, da Câmara dos Deputados. Caso não sofra mudanças, seguirá para sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo já sinalizou apoio ao projeto que avançar mais rápido.

Enquanto isso, a PEC 8/2025, em análise na Câmara, segue parada em uma subcomissão. O relatório mais recente propõe reduzir a jornada para 40 horas, mas mantém a jornada 6×1, com compensações como pagamento extra em fins de semana e desoneração da folha. Representantes do comércio e da indústria afirmam que mudanças amplas podem pesar sobre pequenas empresas.

Apesar das divergências, a pressão social permanece. O grupo Vida Além do Trabalho (VAT), que ganhou visibilidade nas redes, ajudou a levar o tema ao centro do debate legislativo, reunindo milhões de apoios em um abaixo-assinado.

Caminhos adiante

O avanço do fim da escala 6×1 no Senado mostra que o debate deixou as redes e entrou de vez na agenda institucional. Ao priorizar mais tempo de descanso sem cortar salários, o Congresso discute um redesenho do trabalho que pode influenciar saúde, consumo e convivência social.