Na quinta-feira (04/09), a França inaugurou o primeiro parque eólico flutuante do país, instalado no Golfo do Leão, na região de Occitânia, no mar Mediterrâneo. Chamado Éoliennes Flottantes du Golfe du Lion (EFGL), o projeto-piloto reúne três turbinas de 10 megawatts cada, que somam 30 MW de capacidade total. Essa produção pode atender aproximadamente 50 mil moradores da região costeira. Além disso, técnicos montaram as turbinas no Porto de La Nouvelle e rebocaram toda a estrutura até o ponto definitivo, garantindo eficiência logística.
Energia limpa no Mediterrâneo e impactos locais
O EFGL funciona como laboratório para tecnologias que podem ser escaladas em grandes parques no futuro. Como as turbinas flutuam, engenheiros conseguem explorar áreas de águas profundas, onde modelos fixos não funcionam. Dessa forma, a solução amplia o potencial energético e fortalece a diversificação da matriz elétrica francesa. Ao mesmo tempo, o projeto do parque eólico flutuante estimula cadeias produtivas locais, já que gera empregos qualificados e movimenta serviços regionais. Além disso, as comunidades de pescadores e associações ambientais participam ativamente, reforçando a integração social e a confiança na iniciativa.
Parque eólico flutuante e a biodiversidade marinha
Um dos principais diferenciais está na relação com o meio ambiente. Ao redor das turbinas, engenheiros instalaram Biohuts, estruturas que servem como habitats artificiais para peixes e moluscos. Assim, o projeto não apenas reduz impactos, mas também fortalece a biodiversidade, criando áreas de abrigo e reprodução. Além disso, um comitê científico independente acompanha constantemente os indicadores, garantindo transparência e responsabilidade ambiental. Com isso, o parque eólico flutuante francês se posiciona como exemplo mundial de energia renovável associada à proteção marinha.
Novos horizontes para a transição energética
O êxito do EFGL abre caminho para novas possibilidades na transição energética europeia. A tecnologia do parque eólico flutuante pode ser replicada em outros pontos do Mediterrâneo e em oceanos mais profundos, ampliando o alcance global. Por isso, especialistas veem o projeto como marco de inovação que une energia limpa e conservação ambiental. Dessa forma, a França demonstra que é possível avançar na geração renovável sem comprometer ecossistemas. O modelo inspira outros países a buscar soluções semelhantes, acelerando um futuro em que desenvolvimento e biodiversidade caminhem juntos.