O Governo de São Paulo apresentou um projeto inédito que conecta restauração ecológica, proteção da biodiversidade e geração de ativos ambientais. O Programa Estadual de Restauração e Conservação Ecológica permitirá transformar áreas degradadas em florestas recuperadas e remunerar prestadores de serviços ambientais por meio de créditos de carbono em São Paulo, créditos de biodiversidade e outros instrumentos de mercado. Dessa forma, o Estado fortalece a economia verde, abre novas oportunidades de trabalho e, portanto, consolida sua posição como referência nacional em sustentabilidade.
Restauração ecológica ganha força com créditos de carbono em São Paulo
O programa funcionará pelo modelo de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Nesse formato, empresas, fundos e organizações poderão investir em projetos de restauração, certificando créditos ambientais e comercializando-os no mercado. Enquanto o Estado preserva a titularidade das áreas, os provedores recebem os créditos e, assim, encontram um incentivo direto para conservar a floresta. Atualmente, São Paulo já conta com 61 programas de PSA ativos, que beneficiam mais de 4,2 mil pessoas e 1,4 mil famílias em diferentes regiões.
Empregos verdes e fortalecimento da bioeconomia
Além da recuperação ambiental, a iniciativa fortalece a economia local e amplia a segurança profissional. A expansão da bioeconomia abrirá espaço para empregos em viveiros, coleta de sementes, certificação e assistência técnica. Durante o lançamento, o governo anunciou o Plano de Empregos, Carreira e Salários da Fundação Florestal, que prevê reajustes de até 99% e concurso público. Dessa maneira, 269 servidores que gerem 20% do território paulista terão valorização e, consequentemente, melhores condições de trabalho.
Programas ambientais que transformam comunidades
Os projetos em andamento revelam resultados práticos e diversificados. Além disso, eles reforçam como a conservação pode beneficiar pessoas de forma direta:
- Guardiões das Florestas: proteção de 28 mil hectares em aldeias indígenas;
- Mar Sem Lixo: retirada de 82,8 toneladas de resíduos do mar;
- PSA Juçara: plantio de 260 mil palmeiras;
- Refloresta-SP: restauração de 3,5 mil hectares e apoio a 249 famílias agricultoras.
Esses números demonstram impacto humano, econômico e cultural. Por outro lado, mostram também que comunidades locais assumem papel essencial na restauração e ampliam os resultados de conservação.
Perspectivas para liderança climática paulista
Com a implementação do novo programa, São Paulo avança nas metas do Plano de Ação Climática 2050 e fortalece sua presença no debate internacional sobre meio ambiente. Assim, a estratégia amplia a relevância dos créditos de carbono em São Paulo e projeta o Estado como vitrine de inovação em PSA. Consequentemente, os próximos anos podem consolidar uma economia mais limpa, inclusiva e inspiradora para todo o Brasil.