Em setembro de 2025, o Parlamento Europeu aprovou uma legislação que promete mudar a forma como a sociedade lida com o descarte de produtos. O destaque está na reciclagem na moda, já que roupas, calçados e acessórios passam a ter custos de coleta e reaproveitamento pagos diretamente pelas empresas que os colocam no mercado. Além disso, a medida também cobre plataformas de comércio eletrônico, mesmo sediadas fora da União Europeia, criando um novo marco ambiental para o bloco.
Reciclagem na moda e novas regras europeias
Com a decisão, todos os 27 países terão de criar sistemas de coleta e reciclagem para têxteis até 2028. O processo inclui a chamada responsabilidade alargada do produtor, que transfere para as marcas os custos de logística e triagem. A legislação não abrange apenas roupas: chapéus, cortinas, roupas de cama e cozinha também entram no escopo da reciclagem na indústria da moda. Esse modelo de financiamento, já adotado em outros setores, visa estimular práticas de design sustentável e desestimular a produção de peças descartáveis típicas do fast fashion.
Responsabilidade das empresas e impacto econômico
A responsabilidade sobre os custos de reciclagem na moda vai além de uma obrigação financeira. Marcas que investirem em inovação e ecodesign terão vantagem, já que contribuições poderão ser moduladas conforme o desempenho ambiental. Essa mudança incentiva o uso de fibras recicláveis, maior durabilidade das peças e até novos modelos de negócio, como o aluguel de roupas. Ao mesmo tempo, analistas preveem que a medida fortaleça a economia circular, abrindo espaço para cadeias produtivas mais limpas e empregos relacionados ao reaproveitamento de materiais.
Reciclagem na moda e projeções até 2030
O desafio agora é garantir que os países implementem de forma ambiciosa as metas estabelecidas. Embora críticos apontem a ausência de percentuais específicos para a reciclagem têxtil, a lei estabelece revisão em 2027 para ajustar os objetivos. A perspectiva é de que a reciclagem na moda se torne um motor de inovação, unindo consumidores, governos e empresas em torno de hábitos mais conscientes. Assim, o continente projeta não apenas menos resíduos, mas também uma cultura de consumo mais responsável e inspiradora para o resto do mundo.