Se tudo correr dentro do previsto, o carro voador da Embraer poderá ganhar os céus antes da data oficial. O novo presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Tiago Faierstein, afirmou que trabalha para antecipar a certificação dos eVTOLs para 2026, um ano antes do prazo de 2027. Assim, o anúncio reforça o interesse brasileiro em liderar a corrida global pela mobilidade aérea urbana e aponta para um futuro próximo mais ousado.
Avanço da certificação do carro voador pela Anac
A Anac já publicou, em novembro de 2024, os critérios de aeronavegabilidade específicos para aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical. Dessa forma, o documento estabelece normas sobre estrutura, baterias, controle de voo e segurança contra falhas. Além disso, em dezembro de 2023, a agência abriu consulta pública e recebeu quase 300 contribuições para aprimorar as regras. Por isso, o presidente da Anac declarou: “vamos trabalhar com 2027, mas nossa meta é ser em 2026” (Reuters). Portanto, o avanço mostra a urgência regulatória para alinhar o país ao cenário internacional.
De acordo com o portal Seu Dinheiro, a Eve, subsidiária da Embraer, já soma quase 3 mil pré-encomendas de clientes internacionais. Além disso, o valor potencial desse volume chega a US$ 14,5 bilhões, segundo estimativas do backlog. Entre os apoiadores estratégicos, estão United Airlines, BAE Systems e Acciona. Dessa maneira, mesmo antes da produção comercial, a procura já coloca o Brasil como protagonista em uma tecnologia que abre novos mercados e fortalece a imagem do setor aeronáutico nacional.
Infraestrutura necessária para os eVTOLs
No entanto, a certificação não é suficiente por si só. Para viabilizar o carro voador, será preciso adaptar as cidades e desenvolver soluções complementares:
- Vertiportos: locais de pouso e decolagem adequados, integrados à mobilidade urbana.
- Energia elétrica: redes estruturadas para recarga rápida e segura das aeronaves.
- Tráfego aéreo urbano: sistemas capazes de controlar voos de baixa altitude em áreas densas.
- Padronização internacional: alinhamento de regras entre países para permitir voos além das fronteiras.
Portanto, esses pontos serão decisivos para transformar os pedidos em realidade operacional.
Futuro do carro voador no Brasil
Com a possibilidade de certificação em 2026, o Brasil pode ganhar vantagem competitiva na corrida global. Assim, a Embraer e a Eve enfrentam agora o desafio de entregar não apenas aeronaves confiáveis, mas também soluções integradas ao transporte urbano. Dessa forma, se o cronograma for cumprido, o carro voador poderá se tornar alternativa real de deslocamento em grandes cidades brasileiras, reduzindo congestionamentos e ampliando a conectividade.
O interesse dos investidores, a regulação em andamento e a procura já existente demonstram que o carro voador deixou de ser apenas uma promessa futurista. Por isso, a perspectiva de ver essas aeronaves nos céus até 2026 reforça o papel da inovação brasileira em transformar a mobilidade. Assim, o país se projeta como referência em uma tecnologia que pode marcar um novo capítulo no transporte urbano.