Categoria Inovação

Startup contra violência cria site de checagem de antecedentes no Brasil

A startup contra violência criada por Sabrine Matos e Felipe Bahia em Curitiba ganhou repercussão nacional com o Plinq, site que permite consultar antecedentes criminais por nome, CPF ou telefone. A ferramenta já soma mais de 10 mil usuárias em menos de dois meses e mostra como a tecnologia pode ser aliada da segurança feminina.

No Brasil, a dor de histórias marcadas pela violência acabou se transformando em uma solução digital que hoje cresce rapidamente. A curitibana Sabrine Matos, sensibilizada pelo feminicídio da jornalista Vanessa Riccardi, decidiu criar uma ferramenta capaz de evitar que outras mulheres passassem pelo mesmo risco. Foi assim que nasceu o Plinq, um site de checagem de antecedentes criminais acessível por nome, CPF ou telefone. Em menos de dois meses, a plataforma ultrapassou 10 mil usuárias e provou que uma startup contra violência pode unir indignação, propósito e prevenção.

Startup contra violência oferece proteção online

O Plinq reúne dados públicos extraídos de tribunais e diários oficiais, portanto oferece informações que muitas vezes não estão facilmente disponíveis. Para tornar o serviço acessível, a plataforma adota planos de uso ilimitado, com assinatura mensal de R$ 97. Dessa forma, mulheres podem verificar históricos antes de encontros ou relacionamentos, reduzindo riscos e fortalecendo a sensação de segurança. Além disso, a simplicidade de uso estimula novas adesões, o que amplia o alcance social da ferramenta e reforça seu papel como recurso de proteção digital.

O aspecto mais inspirador da iniciativa está no fato de que Sabrine e o sócio Felipe Bahia não possuem formação em programação. Ainda assim, eles recorreram à plataforma Lovable, uma solução internacional de desenvolvimento no-code avaliada em US$ 1,8 bilhão em 2025. Com ela, conseguiram estruturar o site em poucas semanas e com custo reduzido. Essa escolha demonstrou que a inovação social pode surgir mesmo sem conhecimento técnico avançado. Como explicou Sabrine, “queríamos algo funcional e rápido, não perfeito”. Dessa maneira, a startup contra violência mostrou que propósito e criatividade podem ser mais fortes que barreiras tecnológicas.