Na terça-feira (30/09), o carnaval perdeu um de seus grandes nomes: Gilsinho da Portela, intérprete oficial da escola desde 2006, faleceu aos 55 anos no Rio de Janeiro. Sua voz firme e carismática se tornou marca registrada da azul e branco de Madureira, levando emoção a cada desfile. Antes de se consolidar na Portela, ele também passou por outras agremiações, como a Vila Isabel, o que reforçou sua versatilidade artística. Com o famoso grito “Vai na ginga, Portela”, conquistou o público e ajudou a eternizar sambas que narravam histórias culturais do Brasil.
Reconhecimento e prêmios de Gilsinho da Portela
Ao longo da carreira, o intérprete acumulou distinções e prêmios que consagraram sua relevância no cenário do samba. Entre eles, o Estandarte de Ouro de melhor intérprete, reconhecimento máximo entre artistas do carnaval carioca. Além disso, sua participação em gravações oficiais dos sambas-enredo da Portela marcou época e registrou momentos inesquecíveis. Desse modo, plataformas digitais como YouTube e SoundCloud preservam sua voz em álbuns e registros, permitindo que fãs e futuras gerações revivam sua energia e talento a cada escuta.
Legado cultural que ultrapassa a avenida
Embora sua força estivesse nas noites de desfile, Gilsinho também atuou em outros campos culturais. Em 2022, assumiu a vice-presidência da União do Parque Acari, o que ampliou sua atuação para a gestão de escolas de samba. Assim, sua presença institucional reforça que ele não era apenas um cantor, mas também alguém comprometido em fortalecer a cultura popular. Além disso, sua interpretação em homenagens recentes, como a Milton Nascimento no carnaval de 2024, emocionou milhares de pessoas. Portanto, sua arte tinha o poder de unir diferentes gerações, consolidando-o como uma referência no samba.
A despedida e o futuro do samba sem Gilsinho da Portela
O falecimento de Gilsinho levou a Portela a decretar três dias de luto oficial, em sinal de respeito a quem foi parte essencial da escola. Por isso, a ausência de sua voz no próximo desfile será sentida, mas sua memória continuará ecoando nos ensaios e gravações que deixou. Contudo, o samba, por tradição, transforma despedidas em celebrações de vida, e a história de Gilsinho já inspira novos intérpretes a manter viva a chama da avenida. Assim, a cada batuque e canto, seu legado seguirá presente, lembrando que a cultura popular se fortalece quando vozes como a dele permanecem na memória coletiva.