O desmatamento na Amazônia registrou em agosto o menor índice desde 2017, o que traz esperança para a preservação da floresta. Segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), foram devastados 388 km², contra 662 km² em agosto de 2024. Com isso, a queda chegou a 41%. O dado indica que, embora o desafio continue, políticas públicas, monitoramento por satélite e mobilização social já produzem efeitos concretos.
Avanço ambiental com queda no desmatamento na Amazônia
Além da redução da derrubada, a degradação florestal também apresentou forte recuo. Em agosto de 2025, o índice foi de 559 km², contra 2.870 km² no mesmo mês de 2024. Assim, a queda chegou a 81%. No acumulado de janeiro a agosto, o desmatamento totalizou 2.014 km², cerca de 20% menor do que no mesmo período anterior. Esses resultados mostram que, por um lado, o risco persiste, mas, por outro, há sinais consistentes de recuperação.
Quando observada a distribuição geográfica, três estados concentraram a maior parte do desmatamento. O Acre respondeu por 26%, o Amazonas por outros 26% e o Pará por 23%. Portanto, esses territórios se tornam prioridade para monitoramento. Ao mesmo tempo, investir em preservação nessas áreas traz ganhos diretos, já que protege a biodiversidade, regula o ciclo das águas e fortalece atividades sustentáveis. Assim, iniciativas como turismo ecológico e manejo florestal de baixo impacto ganham espaço.
Áreas protegidas enfrentam desafios contínuos
O levantamento também apontou onde a floresta sofreu derrubadas. Foram 68% em áreas privadas ou de posse indefinida, 20% em assentamentos, 35% em Unidades de Conservação e 13% em Terras Indígenas. Os percentuais superam 100% porque há sobreposição entre categorias. Desse modo, o cenário mostra avanços, mas reforça a necessidade de ação contínua. Ainda que os índices indiquem melhora, é essencial manter fiscalização, sobretudo em territórios protegidos, onde pressões externas continuam intensas.
Para especialistas, o futuro depende de uma combinação de fatores. É preciso unir fiscalização rigorosa, participação comunitária e incentivos econômicos sustentáveis. A queda de agosto demonstra que, quando esforços são integrados, os resultados aparecem. Com isso, o Brasil pode consolidar sua imagem internacional de liderança ambiental. Portanto, se a tendência for mantida, a Amazônia poderá se transformar em referência mundial de preservação, trazendo cooperação global e valorizando a biodiversidade como ativo estratégico.