Todos os dias, milhares de pessoas enfrentam longas filas de balsas ou precisam percorrer 40 quilômetros de estrada para cruzar o canal entre Santos e Guarujá. Esse cenário deve mudar com a construção do túnel imerso, que promete transformar a mobilidade na Baixada Santista.
O desafio da travessia atual
A travessia entre Santos e Guarujá ocorre principalmente por balsas. Embora o trajeto dure apenas sete minutos, a espera muitas vezes ultrapassa uma hora nos horários de pico. Como alternativa, motoristas seguem pela rodovia, mas enfrentam um desvio de mais de 40 quilômetros. Essa limitação prejudica o cotidiano de trabalhadores, estudantes e empresas da região.
Como será o Túnel Santos–Guarujá
O projeto prevê um túnel imerso de 1,5 quilômetro, com 870 metros submersos no estuário. O investimento alcança R$ 6,8 bilhões e segue o modelo de parceria público-privada (PPP). A estrutura contará com três faixas por sentido, espaço para o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), ciclovia e passarela de pedestres. Além disso, a cobrança ocorrerá por sistema eletrônico no formato free-flow, eliminando as tradicionais cabines de pedágio.
Impactos esperados para o Túnel Santos–Guarujá
Com a nova ligação, a travessia cairá para apenas dois a cinco minutos. A obra deve reduzir as filas das balsas e diminuir a emissão de poluentes, já que os veículos gastarão menos tempo em deslocamento. Outro impacto positivo será a geração de empregos durante a construção. A economia local também tende a ganhar força, pois Santos e Guarujá terão integração mais rápida com os municípios vizinhos.
Linha do tempo
O leilão da obra ocorreu em 2025, e a empresa Mota-Engil venceu a disputa. As primeiras etapas, como instalação de canteiros e sondagens no fundo do estuário, estão previstas para 2026 e 2027. Se o cronograma avançar como planejado, a conclusão deve ocorrer até 2030. Dessa forma, a população finalmente ganhará uma ligação seca entre as duas cidades, encerrando décadas de espera.