A Revista piauí contou a história de Maria Vitória Brilhante de Oliveira, a Mavi, que aos 10 anos foi a única criança brasileira presente na COP28, em Dubai. Dois anos depois, a jovem paraibana, agora com 12 anos, se prepara para um novo capítulo: representar novamente a infância brasileira na COP30, em Belém, marcada para novembro.
Na conferência de 2023, Mavi chamou atenção pela espontaneidade ao dar entrevistas, produzir conteúdos para seu Instagram e participar de um painel sobre educação ambiental. Além disso, apresentou o projeto Meu Futuro Minha Voz, iniciativa desenvolvida em parceria com o Instituto Limpa Brasil, organização que combate o descarte inadequado de resíduos e incentiva o consumo consciente.
“O que eu mais gostei na COP foi conhecer outras crianças que também gostam de cuidar do meio ambiente”, disse Mavi à piauí em agosto de 2024. A fala reflete o espírito coletivo que guia sua atuação. Na mesma semana, ela também fez o discurso inaugural da 6ª Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba.
Mavi na COP30 em Belém
A COP30 em Belém será a primeira Conferência do Clima sediada na Amazônia. O encontro deve reunir líderes mundiais, pesquisadores, ONGs e representantes da sociedade civil para debater soluções urgentes contra a crise climática. A escolha da cidade paraense tem grande simbolismo: levar a discussão diretamente ao coração da maior floresta tropical do planeta.
Com a participação de jovens como Mavi na COP30, o evento ganha ainda mais relevância. Isso porque a presença de vozes infantis reforça que o futuro das próximas gerações depende das decisões tomadas agora. Ao mesmo tempo, mostra que as crianças já estão engajadas em transformar a realidade presente.
Educação ambiental e protagonismo juvenil
A trajetória de Mavi evidencia como a educação ambiental pode transformar crianças em agentes ativos da mudança. Seu projeto Meu Futuro Minha Voz já impacta escolas e comunidades e, dessa forma, mostra que sustentabilidade se aprende desde cedo.
A participação da ativista mirim em fóruns internacionais inspira outras crianças e adolescentes a acreditarem no poder da mobilização. Por isso, ao lado de iniciativas escolares e familiares, exemplos como esse ajudam a criar uma geração mais consciente. Nesse sentido, jovens ativistas se tornam capazes de influenciar políticas públicas e práticas cotidianas.
Com a chegada da COP30 ao Brasil, a expectativa é de que vozes como a de Mavi ampliem a conexão entre gerações e tragam novas perspectivas para os desafios globais. Mais do que um símbolo, sua presença mostra que o futuro já está participando do presente.