A agroecologia no Vaticano ganhou um novo capítulo com a inauguração do Borgo Laudato Si’, em Castel Gandolfo. A cerimônia foi conduzida pelo Papa Leão XIV, que deu continuidade ao legado ecológico de Francisco ao apresentar o espaço como um laboratório vivo de sustentabilidade. Instalado na antiga residência de verão dos papas, o Borgo une espiritualidade, educação e práticas agroecológicas em 55 hectares — 35 de jardins históricos e 20 voltados à produção agrícola.
Tradição e agroecologia no Vaticano
O Borgo combina tradição agrícola com soluções tecnológicas modernas. O espaço adota painéis solares, irrigação inteligente, captação e reuso de águas da chuva e está livre de plásticos descartáveis. Além disso, abriga hortas, vinhedos, oliveiras e criação de animais, reforçando uma agricultura sustentável em sintonia com o cuidado com a Casa Comum. Conforme destacou o Vatican News, o projeto reflete a busca por um futuro ecológico mais justo e solidário.
Mais do que um projeto ambiental, o Borgo traduz os princípios da solidariedade cristã em ações concretas. Refugiados, vítimas de violência doméstica, pessoas em recuperação e ex-presos encontram no centro capacitação profissional em atividades ligadas à agroecologia. Assim, além de aprender novas habilidades, esses grupos conquistam oportunidades de reintegração no mercado de trabalho e de reconstrução de suas histórias. Confira a inauguração:
Um legado de esperança para o mundo
Ao transformar em realidade os apelos do Papa Francisco, o Borgo Laudato Si’ projeta esperança para além dos muros do Vaticano. A agroecologia no Vaticano surge como modelo internacional de sustentabilidade, mostrando que cuidar do planeta é também cuidar das pessoas. Portanto, o projeto se torna um legado vivo, capaz de inspirar comunidades de fé e sociedade civil em todo o mundo a unir espiritualidade, ciência e compromisso ambiental.