O gênero guitarrada conquistou, em 29/08/2025, reconhecimento oficial como manifestação da cultura nacional. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 15.192, que valoriza uma expressão musical nascida no Pará.
A fusão de ritmos como carimbó e siriá, com influências da cúmbia, do merengue, do mambo e do zouk, consolidou o estilo como símbolo da criatividade amazônica. Assim, a guitarra elétrica assumiu o protagonismo e passou a conduzir melodias que conquistaram o público.
Gênero guitarrada e o legado de Mestre Vieira
O marco inicial do gênero guitarrada surgiu em 1978, quando Mestre Vieira lançou o LP Lambadas das Quebradas. Ele gravou 18 discos ao longo da carreira e, em 2008, recebeu a medalha da Ordem do Mérito Cultural.
Ainda criança, Vieira aprendeu choro e tocou bandolim, banjo e cavaquinho. Posteriormente, nos anos 70, ele descobriu a guitarra elétrica e a transformou em instrumento central de sua obra como gênero guitarrada. Portanto, sua trajetória influenciou músicos como Aldo Sena e Curica e inspirou gêneros populares, como a lambada e o brega pop. Confira a sua performance no vídeo a seguir:
Da Amazônia para o Brasil
Antes de alcançar reconhecimento nacional, a guitarrada já tinha sido declarada patrimônio cultural do Pará em 2011. Além disso, em 2023, a Assembleia Legislativa instituiu o Dia Estadual da Guitarrada em 29/10, aniversário de Mestre Vieira, que faleceu em 2018.
Atualmente, o gênero guitarrada ganha projeção internacional, sobretudo pela realização da COP 30 em Belém (novembro de 2025). Esse destaque cultural fortalece a identidade amazônica e mostra ao mundo a riqueza musical do Brasil.