Categoria Cultura

Sociobioeconomia: tecnologia que protege a Amazônia

Sociobioeconomia preserva 2 milhões de hectares no Médio Juruá (AM). Povos indígenas e ribeirinhos mostram que é possível gerar renda, justiça social e conservar a floresta.

Você sabe o que é sociobioeconomia?
Esse modelo une saberes ancestrais, tecnologias sociais e práticas sustentáveis que garantem renda, justiça social e conservação da natureza.

No Médio Juruá (AM), ribeirinhos e povos indígenas aplicam essa lógica e mantêm quase 2 milhões de hectares da Amazônia preservados, segundo o Greenpeace Brasil. Além disso, o segredo está na valorização da floresta em pé: dela vem o sustento e a vida com dignidade.

Manejo sustentável e sociobioeconomia na Amazônia

A sociobioeconomia no Médio Juruá é prática diária. As comunidades manejam mel nativo, extraem óleos de copaíba, murumuru e andiroba, pescam pirarucu uma vez ao ano, produzem borracha da seringa, cultivam roças de mandioca e coletam açaí.

Portanto, cada atividade fortalece a segurança alimentar, a renda local e a cultura tradicional, sem comprometer o equilíbrio da floresta. Assim, conservação e economia caminham juntas e mostram que desenvolvimento pode ser sustentável.

União comunitária e sociobioeconomia no Médio Juruá

“Sem união, a gente não chega a lugar nenhum. Hoje conseguimos cuidar da floresta, das águas, da fauna e da nossa qualidade de vida”, afirma José Maic, liderança ribeirinha da comunidade São Raimundo.

Contudo, não foi um caminho fácil. A organização social exigiu resistência e articulação. Enfim, os esforços resultaram em vitórias históricas: a criação da Reserva Extrativista Médio Juruá (1997), da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uacari (2005) e a demarcação da Terra Indígena Deni (2003). Logo, essas conquistas consolidaram territórios livres de invasores e do desmatamento.

Sociobioeconomia e a COP30 em Belém

A sociobioeconomia mostra que lucro não pode vir a qualquer custo: é sobre dignidade, justiça e cuidado. Ademais, é fundamental diferenciar verdadeiras iniciativas socioambientais das falsas soluções que violam direitos, poluem e estimulam monoculturas.

Em 2025, a COP30 da ONU em Belém será histórica. Nesse cenário, cresce a esperança de que indígenas e comunidades tradicionais sejam reconhecidos como protagonistas da preservação do clima e da floresta.

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