Uma revelação científica em 2024 surpreendeu o mundo: a identificação da sucuri Eunectes akayima, também chamada de sucuri-verde-do-norte. Pesquisadores confirmaram que ela é geneticamente distinta da conhecida Eunectes murinus. Segundo reportagem da National Geographic publicada em 2024, o estudo reuniu amostras coletadas ao longo de mais de 20 anos para comprovar a nova espécie.
A nova sucuri pode alcançar até 6,3 metros e pesar acima de 200 quilos. Relatos indígenas sugerem indivíduos ainda maiores, chegando a 7,5 metros e 500 quilos. Esses dados reforçam a posição da espécie como a maior serpente do mundo em massa corporal.
Genética e ancestralidade reveladoras de uma sucuri colossal
Pesquisadores indicam que essa sucuri se separou de sua parente do sul há entre 5 e 20 milhões de anos. O processo ocorreu, possivelmente, devido a barreiras naturais formadas na Amazônia. Conforme destacou o pesquisador Jesús Rivas, em expedição apoiada pela National Geographic, a identificação só foi possível graças ao cruzamento de análises genéticas e observações de campo.
Sucuri: importância ecológica e conservacionista
Como predadora de topo, a sucuri mantém o equilíbrio dos ecossistemas amazônicos. Ela controla populações de capivaras, cervídeos e jacarés. Contudo, enfrenta ameaças crescentes como o desmatamento e a poluição hídrica. Portanto, sua descoberta reforça a necessidade de proteger habitats e fortalecer políticas de conservação.
Saber indígena como guia científico
O nome akayima vem de línguas caribenhas e significa “A Grande Cobra”. Povos indígenas já utilizavam esse termo há séculos. Aliás, o envolvimento da comunidade Waorani foi essencial para o registro da nova espécie. Assim, a ciência moderna se alia ao conhecimento ancestral, valorizando a cultura indígena na proteção da floresta.
A descoberta da sucuri Eunectes akayima simboliza tanto a grandiosidade da biodiversidade amazônica quanto a urgência em preservá-la. Mais detalhes estão disponíveis no portal National Geographic.
