A Caatinga revela um valor que vai além da beleza. Embora ocupe apenas 10% do território nacional, o bioma foi responsável por quase 50% do sequestro de carbono do Brasil entre 2015 e 2022. O dado, revelado por pesquisadores da Unesp de Jaboticabal, mostra sua relevância estratégica na mitigação das mudanças climáticas. Portanto, o semiárido merece mais atenção, preservação e políticas públicas eficazes.
Caatinga: protagonista do sequestro de carbono
O sequestro de carbono é essencial para reduzir os impactos do aquecimento global. Apesar da aridez, a Caatinga se destaca como um verdadeiro sumidouro de carbono. Assim, o bioma se soma à Amazônia e à Mata Atlântica, comprovando que ambientes semiáridos também têm papel central no futuro sustentável do país.
A importância de políticas públicas voltadas à Caatinga
Para ampliar a contribuição da Caatinga, os cientistas defendem a criação de políticas de conservação e recuperação da vegetação nativa. Essas medidas fortalecem o equilíbrio climático e, ao mesmo tempo, promovem o desenvolvimento sustentável das comunidades locais.
“Em termos de políticas públicas, é importante desenvolver maneiras de levar a água para a região até pensando em termos de sequestro de carbono”, afirma Newton La Scala Jr., um dos autores do estudo.
Novas pesquisas sobre o papel da Caatinga
Além disso, os pesquisadores destacam que os dados abrem portas para novas investigações sobre os mecanismos de sequestro de carbono na Caatinga. A continuidade e o aperfeiçoamento do monitoramento — com integração entre diferentes sistemas — serão fundamentais. Assim, será possível refinar estimativas e orientar ações eficazes de mitigação climática.
Em resumo, a mensagem é clara: a Caatinga é resistência e também solução climática. Reforçar sua preservação é uma oportunidade de alinhar conservação ambiental e desenvolvimento humano em uma das regiões mais desafiadoras do Brasil.
Saiba mais no site oficial da Unesp.