O uso da fitoterapia é uma prática milenar baseada em plantas medicinais para prevenir, tratar e aliviar sintomas de diversas doenças. Ao longo da história, comunidades de todo o mundo aplicaram esse conhecimento com sabedoria. Agora, ele ganha força ao ser integrado à ciência e às políticas públicas.
No Brasil, essa prática se fortaleceu após 2006, quando passou a fazer parte do SUS por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). Desde então, o país ampliou a oferta de serviços que utilizam medicamentos fitoterápicos em unidades básicas de saúde. Em 2025, o Ministério da Saúde destinou R$ 30 milhões para expandir o acesso até 2027. Essa medida representa um avanço significativo na democratização do cuidado natural.
Natureza, ciência e acessibilidade
O uso da fitoterapia oferece diversas vantagens. Entre elas estão a menor ocorrência de efeitos colaterais, menor risco de dependência, baixo custo e alta aceitação pela população. Por isso, profissionais da saúde indicam fitoterápicos para tratar:
- Ansiedade, estresse e insônia
- Dores musculares e inflamações
- Distúrbios digestivos e respiratórios
- Diabetes, hipertensão e colesterol
- Problemas dermatológicos e cicatrizações
Além disso, muitas plantas medicinais têm eficácia comprovada em estudos científicos. Substâncias como flavonoides, taninos e alcaloides oferecem ações antioxidantes, anti-inflamatórias e antimicrobianas. No entanto, para garantir segurança, o uso deve sempre ter acompanhamento profissional.
A seguir, o Dr. Drauzio Varella explica o pontencial dos medicamentos fitoterápicos:
O uso da fitoterapia e seu papel no desenvolvimento sustentável
O crescimento do mercado global de fitoterápicos confirma a importância do tema. De acordo com a consultoria Fortune Business Insights, o setor deve ultrapassar US$ 437 bilhões até 2032. Essa tendência reflete a busca por soluções mais naturais, sustentáveis e alinhadas ao bem-estar.
Mesmo com cerca de 10 mil espécies medicinais catalogadas, o Brasil ainda utiliza pouco esse potencial. Segundo análise publicada no portal JOTA, os fitoterápicos representam apenas 0,6% do faturamento do mercado farmacêutico nacional.
Entretanto, o cenário está mudando. Com incentivos públicos, parcerias científicas e valorização da biodiversidade, o uso da fitoterapia pode gerar benefícios econômicos, sociais e ambientais. Transformar saberes tradicionais em produtos inovadores fortalece comunidades e promove saúde com identidade cultural.
Terapias complementares e o uso da fitoterapia emocional: Florais de Bach
Entre as práticas integrativas, o uso da fitoterapia também se conecta a abordagens energéticas, como os Florais de Bach. Desenvolvidos pelo médico inglês Edward Bach nos anos 1930, essas essências são indicadas para tratar emoções como medo, estresse e insegurança.
Apesar de não haver comprovação científica conclusiva, os florais não apresentam efeitos colaterais e podem ser usados como apoio emocional. O ideal é que sua aplicação ocorra sob orientação especializada, respeitando a individualidade de cada pessoa.