Categoria Cultura

Geração Z busca vida mais simples e migra para cidades tranquilas

Geração Z valoriza qualidade de vida e adota uma vida mais simples, migrando para cidades menores em busca de bem-estar e conexão com a natureza.

Em tempos de hiperconexão e excesso de estímulos, a vida mais simples tem se tornado o novo ideal para a Geração Z. Jovens entre 18 e 28 anos estão redesenhando as prioridades e mudando o conceito de sucesso. Segundo o Pew Research Center (2024), mais de 60% desse público afirma priorizar qualidade de vida em vez de prestígio profissional — um salto em relação às gerações anteriores.

Esse novo olhar tem impulsionado uma verdadeira reconfiguração geográfica. Estados menos movimentados, cidades médias e até zonas rurais vêm se tornando destino de quem busca um cotidiano com menos estresse e mais conexão com a natureza. Afinal, o que antes parecia um passo atrás, hoje simboliza um avanço consciente rumo ao equilíbrio.

Fatores que favorecem a migração para uma vida mais simples

A tendência de buscar uma vida mais simples é sustentada por três grandes transformações sociais. Primeiramente, o avanço do trabalho remoto libertou milhares de jovens da obrigação de morar nos grandes centros urbanos. Além disso, o aumento do custo de vida nas capitais tem estimulado a busca por moradias mais acessíveis e sustentáveis.

Outro fator é a permanência das gerações anteriores — especialmente X e Boomers — nos imóveis urbanos mais valorizados, o que limita o acesso a essas localizações e intensifica a saída dos mais jovens. Com isso, municípios com boa infraestrutura digital e acesso à natureza passaram a atrair cada vez mais profissionais qualificados.

Escolhas conscientes, vínculos reais e saúde mental em foco

Segundo dados do Zillow Group, cidades de médio e pequeno porte na Europa e nos Estados Unidos registraram um aumento de até 30% na chegada de jovens profissionais em 2025. Mas mais do que números, o que se nota é uma mudança profunda na forma de viver.

A vida mais simples, para essa geração, não é apenas um refúgio — é um ato de resistência. Eles preferem tempo de qualidade, relações mais verdadeiras e uma rotina que favoreça o bem-estar e a saúde mental. Em vez da ansiedade urbana, escolhem propósito. Em vez do excesso, priorizam o essencial.

O movimento, embora discreto, vem criando raízes. E aponta para um futuro onde viver bem vale mais do que ter muito — uma mensagem poderosa, especialmente em um mundo que clama por desaceleração.

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