Categoria Saúde

Mortes por hepatite C caíram 60% com avanço do SUS e novos tratamentos

Mortes por hepatite C caíram 60% em dez anos no Brasil, graças ao SUS, diagnóstico precoce e medicamentos eficazes que curam mais de 95% dos casos.

O Brasil comemora uma vitória expressiva no combate às hepatites virais. As mortes por hepatite C caíram 60% nos últimos dez anos, conforme o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2025, publicado pelo Ministério da Saúde. Essa redução revela o impacto direto das políticas públicas que ampliaram o acesso a exames e tratamentos eficazes, como mostra o levantamento mencionado pela Medicina SA.

Mortes por hepatite C caíram com diagnóstico e medicamentos gratuitos no SUS

Atualmente, as mortes por hepatite C caíram mesmo com a doença ainda sendo a principal causa de óbito entre as hepatites virais. A explicação está na distribuição, desde 2015, de antivirais modernos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esses medicamentos eliminam o vírus em até 12 semanas, com taxa de cura superior a 95% e efeitos colaterais mínimos. Antes disso, o tratamento durava quase um ano e curava apenas metade dos pacientes.

Além disso, houve ampliação significativa da testagem gratuita em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), permitindo identificar casos precocemente. Isso aumentou as chances de cura e reduziu o risco de complicações como cirrose e câncer hepático.

Doença silenciosa ainda exige atenção da população

Embora as mortes por hepatite C caíram, o desafio atual está na identificação dos infectados. Especialistas alertam que a infecção pode permanecer assintomática por décadas. Segundo estimativas oficiais, cerca de 70% das pessoas infectadas no Brasil ainda não receberam diagnóstico.

O médico infectologista Klinger Soares Faico Filho, ouvido pela Medicina SA, reforça a importância de ampliar o rastreio, sobretudo entre grupos vulneráveis. Devem fazer o teste pessoas que receberam transfusões antes de 1993, usuários de drogas injetáveis, quem possui tatuagens feitas sem materiais esterilizados e nascidos entre 1945 e 1965.

Informação, prevenção e cuidado: os próximos passos

Enquanto as mortes por hepatite C caíram, a prevenção segue sendo essencial. O vírus se transmite pelo contato com sangue contaminado, o que inclui materiais perfurocortantes compartilhados, procedimentos estéticos sem esterilização e relações sexuais sem proteção. Já o convívio social — como abraços, beijos ou o uso comum de utensílios — não oferece risco.

Portanto, a testagem continua sendo a principal aliada no enfrentamento da hepatite C. Com diagnóstico precoce e tratamento eficaz, o Brasil caminha para reduzir ainda mais os casos graves da doença. O exame está disponível gratuitamente no SUS e pode ser o passo decisivo para salvar vidas.

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