Categoria Artigos de Opinião

Projeto para o fim de autoescolas para obtenção da CNH pode transformar o trânsito — e o mercado de trabalho

O fim de autoescolas para obtenção da CNH pode reduzir custos e ampliar o acesso, mas preocupa setor e especialistas por riscos de acidentes e desemprego.

A possível implementação do projeto de governo para fim de autoescolas para obtenção da CNH tem gerado apreensão e esperança ao mesmo tempo. Para muitos brasileiros, a medida representa alívio financeiro e maior acesso à carteira de motorista. Por outro lado, especialistas e entidades alertam para riscos severos à segurança e ao emprego no setor.

Atualmente, tirar a habilitação pode custar entre R$ 3.000 e R$ 4.000. O governo federal, por meio do Ministério dos Transportes, quer mudar isso. A proposta permite que o cidadão aprenda a dirigir fora de uma autoescola, com instrutor autônomo ou familiar, desde que passe nos exames obrigatórios. Essa mudança estrutural impulsiona o debate sobre o fim de autoescolas para obtenção da CNH.

Proposta sobre o fim de autoescolas para obtenção da CNH promete democratizar o acesso

O ministro Renan Filho argumenta que o alto custo da CNH afasta milhões de pessoas do mercado de trabalho. Segundo ele, o fim de autoescolas para obtenção da CNH poderia reduzir o valor do processo em até 80%. Para quem vive em situação de vulnerabilidade, essa economia faria grande diferença. Além disso, a medida segue exemplos de países como EUA e Inglaterra, onde a formação em autoescolas é opcional.

Atualmente, estima-se que 40% dos motoristas flagrados dirigindo sem habilitação fazem por falta de dinheiro. Portanto, a flexibilização pode ampliar oportunidades e evitar ilegalidades, mesmo que ainda reste preocupação com a formação dos condutores.

Entidades reagem ao fim de autoescolas para obtenção da CNH e denunciam impactos severos

A proposta causou revolta na Federação Nacional das Autoescolas (FENATA). A entidade estima que o fim de autoescolas para obtenção da CNH poderia fechar 15 mil empresas e desempregar 300 mil pessoas. Além disso, a FENATA considera a falta de diálogo institucional um desrespeito ao setor.

Especialistas também alertam para o possível aumento de acidentes de trânsito. Com cerca de 40 mil mortes anuais nas estradas brasileiras, a ausência de aulas obrigatórias pode agravar a situação. Afinal, muitos candidatos podem obter a habilitação sem preparo adequado, o que colocaria em risco a vida de todos nas vias.

Caminhos alternativos para o fim de autoescolas

A proposta será debatida no Congresso em (03/09). Ainda assim, o governo pode adotar a mudança por decreto presidencial. Diante disso, uma solução intermediária ganha força. Parlamentares sugerem reduzir a carga horária obrigatória em vez de extingui-la. Assim, o custo cairia e a base de formação seria mantida.

O fim de autoescolas para obtenção da CNH não é apenas uma questão burocrática. A medida toca em temas urgentes como inclusão social, emprego, acessibilidade, segurança pública e mobilidade urbana. Encontrar o equilíbrio entre economia e responsabilidade é o grande desafio.

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