A recente descoberta de uma tumba com agulhas de acupuntura de aço datadas da Dinastia Han Ocidental (202 a.C.–220 d.C.), na China, tem gerado entusiasmo entre estudiosos de todo o mundo. Localizada em Nanchang, na província de Jiangxi, a tumba do Marquês de Haihun revelou artefatos preciosos e evidências concretas da prática médica milenar chinesa. A tumba com agulhas de acupuntura oferece um elo inegável entre a medicina tradicional e os avanços metalúrgicos do período.
Avanço técnico e histórico das agulhas de acupuntura
Conforme arqueólogos relataram, a tumba com agulhas de acupuntura continha instrumentos finíssimos de aço, associados à inscrição “Nove Agulhas Completas” — referência direta ao clássico médico Huangdi Neijing. O local, que escapou de saques ao longo dos séculos, preserva mais de 20.000 artefatos, inclusive essas agulhas para tratamentos, como dores, desequilíbrios e distúrbios.
Aliás, a qualidade do aço utilizado comprova o avanço tecnológico da metalurgia Han. A prática de têmpera com revestimento de argila, por exemplo, possibilitava criar instrumentos duráveis, finos e precisos. Afinal, ouro e prata, apesar de nobres, não ofereciam a resistência necessária para perfurar a pele sem causar infecções — desafio solucionado com o aço forjado da época.
Medicina tradicional chinesa ganha novo fôlego com achado arqueológico
Inegavelmente, a descoberta da tumba com agulhas de acupuntura reforça a importância da medicina tradicional chinesa, que permanece ativa e respeitada em todo o mundo. Eventualmente, esse achado pode até influenciar pesquisas contemporâneas em medicina integrativa, ao demonstrar que práticas de bem-estar eram valorizadas há mais de dois milênios.
Similarmente, o local onde a tumba foi encontrada tem sido fonte contínua de descobertas de valor imensurável. Segundo o site English SCIO, a abertura do túmulo ao público em 2023 marcou um novo capítulo para o turismo cultural e a educação histórica na China.
Legado da tumba com agulhas de acupuntura inspira gerações futuras
Enquanto isso, a ligação entre as agulhas da tumba e os fundamentos da medicina energética tradicional inspira tanto terapeutas holísticos quanto médicos modernos. A inscrição das “Nove Agulhas” sugere não apenas padronização nas práticas terapêuticas, como também uma cultura preocupada com a saúde integral do ser humano — corpo, mente e espírito.
Portanto, a tumba com agulhas de acupuntura é mais que um achado histórico. É um testemunho do cuidado com o bem-estar em tempos antigos, do desenvolvimento tecnológico e da valorização do saber. Para quem deseja conhecer mais sobre esse capítulo fascinante da história da medicina, o artigo completo está disponível na Global Times.