A criação do plástico que dissolve no mar oferece uma alternativa empolgante no enfrentamento à crise da poluição marinha. Pesquisadores do RIKEN Center for Emergent Matter Science (CEMS), em parceria com universidades do Japão e da Europa, desenvolveram um material inovador que se desintegra naturalmente em água salgada, sem deixar resíduos tóxicos.
Além disso, esse avanço responde a uma demanda ambiental urgente e, consequentemente, estimula novas possibilidades para a indústria de embalagens e o consumo consciente. Em vez de acumular resíduos, o novo material retorna à natureza em poucas horas.
Como o plástico que dissolve no mar funciona na prática
Os cientistas batizaram o material de alquil SP 2, uma substância com resistência semelhante à dos plásticos convencionais. No entanto, ao entrar em contato com a água do mar, suas ligações salinas se rompem com facilidade, acelerando o processo de decomposição. Isso ocorre sem gerar microplásticos, o que reforça sua segurança ecológica.
Durante os testes, os pesquisadores colocaram pequenos pedaços do material em água salgada. Como resultado, após cerca de uma hora de agitação, eles se desintegraram completamente. Posteriormente, quando exposto ao solo, o material levou aproximadamente 200 horas para se decompor e liberar nutrientes como nitrogênio e fósforo.
Sustentabilidade em ação com foco nos oceanos
O plástico que dissolve no mar representa uma convergência poderosa entre ciência, sustentabilidade e inovação. De fato, como o material não emite dióxido de carbono, tampouco libera substâncias tóxicas, ele se encaixa perfeitamente em um modelo de economia circular.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a poluição plástica nos oceanos poderá triplicar até 2040. Por fim, alternativas biodegradáveis como essa se tornam urgentes. Elas oferecem respostas concretas, além de mobilizarem setores produtivos e ambientais em prol de soluções práticas.
Caminhos possíveis para o uso em larga escala
Portanto, apesar de ainda estar em fase de aprimoramento, o projeto já desperta interesse de empresas que atuam com embalagens biodegradáveis e produtos sustentáveis. A viabilidade técnica já se mostrou sólida; agora, o desafio envolve definir os melhores métodos de produção e aplicação. Caso a tecnologia ganhe escala, ela poderá reduzir drasticamente os impactos dos plásticos descartáveis no mar. Além disso, promoverá uma nova cultura de consumo mais consciente.