Categoria Saúde

Bioimpressão para a cura avança na medicina regenerativa

Tecnologia une impressão 3D, células-tronco e engenharia de tecidos para criar soluções inovadoras na medicina regenerativa e tratamento de doenças complexas.

A bioimpressão para a cura tem se consolidado como uma das tecnologias mais promissoras da medicina regenerativa. Unindo impressão 3D, células-tronco e biomateriais, a técnica permite criar tecidos vivos, mini-órgãos e implantes personalizados com alto grau de precisão. Esse avanço representa uma virada de chave no tratamento de lesões graves, doenças degenerativas e na redução da fila por transplantes.

Além disso, essa abordagem inovadora acelera pesquisas em diversas áreas, como oncologia, farmacologia e neurociência. Por meio da bioimpressão, é possível simular o comportamento de tumores ou testar medicamentos com mais segurança e eficácia.

Bioimpressão 3D de tecidos já é realidade em centros de pesquisa na medicina

A aplicação da bioimpressão para a cura já é uma realidade em instituições como a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que estuda o uso de células-tronco mesenquimais na regeneração de órgãos afetados por cirrose, diabetes e insuficiência renal.

Segundo Ricardo Vian, em artigo publicado na revista Medicina SA (2024), pesquisadores brasileiros estão utilizando a bioimpressão na medicina principalmente em terapias personalizadas e soluções regenerativas.

Paralelamente, o Instituto Murciano de Investigación Biosanitaria, na Espanha, lidera o projeto 4D-Bioskin. A iniciativa desenvolve pele bioimpressa para tratamento de queimaduras, utilizando células do próprio paciente e garantindo melhor aceitação do implante.

Técnicas de bioimpressão na medicina para a cura permitem personalização e precisão

Existem três principais métodos de bioimpressão na medicina: jato de tinta, extrusão e laser. Cada um oferece vantagens específicas na criação de tecidos, cartilagens, válvulas cardíacas e estruturas ósseas.

De acordo com um artigo científico publicado na biblioteca SciELO, a técnica de extrusão é a mais utilizada atualmente, pois permite a criação de estruturas em escala clínica. No entanto, há avanços significativos nas tecnologias a laser e de jato de tinta, que oferecem maior precisão e menor estresse celular.

Esses modelos tridimensionais também têm auxiliado médicos em planejamentos cirúrgicos, reduzindo riscos e aumentando a taxa de sucesso dos procedimentos. No vídeo a seguir, Laura Murta e Camila Pepe conversam com Taci Pereira, da Systemic Bio, sobre a evolução e o futuro da bioimpressão 3D:

O futuro da medicina regenerativa e personalizada já começou

Dados da consultoria Mordor Intelligence apontam que o mercado global de bioimpressão na medicina para a cura movimentou US$ 1,44 bilhão em 2024 Isso se deve, em parte, ao avanço de pesquisas com células-tronco e à popularização de impressoras 3D biomédicas.

Nesse sentido, a bioimpressão para a cura também está presente em terapias voltadas à medicina veterinária e ao desenvolvimento de implantes personalizados para pacientes com doenças raras.

Desafios e oportunidades da bioimpressão para a cura

Portanto, embora ainda existam desafios técnicos, como a vascularização e a viabilidade celular a longo prazo, os avanços são constantes. A revisão da SciELO reforça que, embora a criação de órgãos totalmente funcionais ainda não seja possível, o uso de biomateriais e células-tronco avançam.

Por fim, segundo Ricardo Vian, a expectativa é que os próximos anos tragam protocolos mais padronizados e técnicas de bioimpressão para a cura mais eficazes na criação de tecidos personalizados.

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