A doação de sangue é um ato de solidariedade que pode salvar vidas e transformar tratamentos médicos. Celebrado neste sábado (14), o Dia Mundial do Doador de Sangue destaca a importância de doar regularmente e reconhece quem faz disso um compromisso com o bem coletivo. Além disso, a data serve como um alerta para a necessidade constante de manter os estoques abastecidos.
Instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data reforça que cada doação de sangue contribui diretamente para o bem-estar de pacientes em emergências, cirurgias complexas ou enfrentando doenças graves. Portanto, doar sangue é mais do que um gesto: é uma atitude com impacto real e imediato.
Por que a doação de sangue é tão essencial?
Segundo o hematologista Fábio Lino, diretor do serviço de hemoterapia do Hospital do Servidor Público Estadual, a transfusão de sangue é vital em diversos contextos. Entre eles, destacam-se os procedimentos cirúrgicos de alta complexidade, o tratamento de doenças hematológicas e o suporte a pacientes em estado grave internados em UTIs.
Além disso, a doação de sangue regular é indispensável para pacientes com condições crônicas. Pessoas com doenças renais, por exemplo, muitas vezes necessitam de transfusões periódicas devido à hemodiálise. Da mesma forma, portadores de anemia falciforme, talassemia e outros distúrbios da hemoglobina dependem do sangue doado para controlar complicações e manter a qualidade de vida.
Quem mais se beneficia da doação de sangue?
A lista de beneficiados é extensa com doação de sangue. Entre os principais perfis, estão:
- Pacientes oncológicos e hematológicos (com leucemia, linfoma ou mieloma múltiplo);
- Pessoas com doenças renais crônicas que fazem hemodiálise;
- Portadores de hemoglobinopatias, como anemia falciforme e talassemia;
- Pacientes submetidos a cirurgias cardíacas, ortopédicas ou vasculares;
- Casos graves em UTIs, que exigem suporte imediato e contínuo.
Ou seja, a doação de sangue vai muito além de uma ação pontual — é uma contribuição concreta para tratamentos mais eficazes, menos sofridos e com melhores resultados clínicos. Por isso, manter esse hábito ativo pode fazer toda a diferença para quem depende da solidariedade alheia.
Quem pode doar e como se preparar?
A boa notícia é que muitas pessoas podem doar. Para isso, é preciso:
- Estar em boas condições de saúde;
- Ter entre 16 e 69 anos (com autorização no caso de menores);
- Pesar no mínimo 50 kg;
- Estar descansado (mínimo de 5h de sono na última noite);
- Estar alimentado (evitar alimentos gordurosos 4h antes da doação);
- Apresentar documento oficial com foto (físico ou digital).
Dessa forma, a doação pode ocorrer com segurança, beneficiando tanto o doador quanto o receptor. Enquanto isso, os bancos de sangue ganham reforço para atender com agilidade os casos de urgência e procedimentos planejados.
Uma atitude simples que faz toda a diferença
Em resumo, a doação de sangue é um gesto voluntário que oferece suporte a cirurgias, tratamentos complexos e cuidados paliativos. Além de ser rápida e segura, ela pode beneficiar até quatro pessoas com uma única doação.
Portanto, manter os estoques cheios é essencial para que hospitais consigam oferecer atendimento de qualidade em qualquer situação. Mais do que nunca, é tempo de valorizar esse gesto e incentivar cada vez mais pessoas a fazer parte desse ato de cuidado com o próximo.