Categoria Cotidiano

Proibição de celular nas escolas melhora foco e convivência

A proibição de celular nas escolas, prevista pela Lei 15.100/2025, tem contribuído para um ambiente mais focado e colaborativo, com melhorias no desempenho acadêmico, na saúde mental dos estudantes e na qualidade das relações interpessoais dentro do ambiente escolar

Quase seis meses após a proibição de celular nas escolas, diversas regiões do Brasil começam, portanto, a observar mudanças positivas. A Lei 15.100/2025, que restringe o uso dos aparelhos em sala de aula, permite apenas quando houver objetivo pedagógico claro. Dessa forma, o objetivo é reduzir distrações e promover a saúde mental dos estudantes. Em colégios da capital paulista, por exemplo, diretores relatam aumento de até 20% nas notas. Além disso, os conflitos diminuíram e, consequentemente, a interação entre os alunos se tornou mais frequente. No Rio de Janeiro, que já adota a medida desde 2024, estudantes do 9º ano, por sua vez, tiveram desempenho significativamente melhor em matemática.

Resultados da proibição de celular nas escolas mostram avanços na aprendizagem e comportamento

A proibição de celular nas escolas parece, assim, estar ligada a melhorias cognitivas. Com menos distrações, os alunos conseguem, portanto, se concentrar nas aulas e interagir mais entre si. Segundo dados da Secretaria Municipal de Educação do RJ, também houve redução nos casos de cyberbullying. Porém, o Ministério da Educação (MEC) afirma que, ainda assim, é cedo para estabelecer relações causais definitivas. Os ciclos de avaliação são longos e, além disso, envolvem diversos fatores. Mesmo assim, o órgão reconhece um avanço na atenção, convivência e engajamento dos estudantes.

Especialistas reforçam impacto positivo na saúde mental

Para psicólogos e educadores, a proibição de celular nas escolas representa, antes de tudo, um passo inicial na proteção da saúde mental. O psicólogo Rodrigo Nejm lembra que redes sociais são desenhadas para manter os usuários conectados, o que, inevitavelmente, aumenta os níveis de ansiedade. O afastamento desses dispositivos durante o período escolar, portanto, pode reduzir esse impacto. Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) apontam que, em 2025, adolescentes de 10 a 14 anos foram mais atendidos por crises de ansiedade do que adultos. Isso, por conseguinte, indica a urgência de medidas preventivas no ambiente escolar.

Escolas adotam novas práticas com apoio da comunidade

Em várias instituições, a proibição de celular nas escolas motivou, então, a criação de novos hábitos. Por isso, algumas escolas disponibilizaram caixas para guardar os aparelhos. Outras, por outro lado, investiram em jogos de tabuleiro, oficinas e esportes. A ideia é, sobretudo, promover interação e reduzir o tempo de tela. De fato, segundo uma pesquisa da Nexus, 86% dos brasileiros apoiam algum tipo de limitação ao uso de celulares nas escolas. Mais da metade é, inclusive, favorável à proibição total. Apesar dos desafios iniciais, como resistência dos alunos e falta de normas claras em algumas redes de ensino, a tendência é de adesão crescente.

Com mais foco, menos distrações e melhores relações interpessoais, a escola volta, por fim, a ser um espaço de convivência e aprendizado. No vídeo a seguir, o filósofo Luiz Felipe Pondé cita quais os problemas e distúrbios que o uso excessivo de celulares, principalmente as redes sociais, entre crianças e jovens, e cita quais dificuldades isso tem trazido para a educação no Brasil.

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