Pessoas em situação de rua tiveram a oportunidade de visitar o Cristo Redentor pela primeira vez nesta segunda-feira (2), em uma ação emocionante de inclusão e dignidade. Organizada com o apoio do Santuário e de uma ONG parceira, a iniciativa levou ao monumento um grupo de 30 idosos em vulnerabilidade social.
Além disso, todos os participantes tinham mais de 50 anos, e a maioria enfrentava há décadas as dificuldades das ruas do Rio de Janeiro. Por isso, a visita foi muito mais do que um simples passeio: representou um gesto de acolhimento, respeito e pertencimento para quem raramente é lembrado em espaços de lazer e cultura.
O Cristo Redentor se torna símbolo de dignidade para pessoas em situação de rua
A visita teve como objetivo mostrar que pessoas em situação de rua não precisam apenas de alimento, mas também de lazer, acolhimento e experiências que renovem sua autoestima. “Agora apareceu essa oportunidade e eu vim correndo, toda prosa, é o maior presente da minha vida”, afirmou Wanda Aguiar, emocionada com a chance de estar diante do Cristo pela primeira vez.
Rayana Gomes, vice-presidente da ONG responsável pela ação, reforçou: “Não é só alimento. Você tem mais direito do que só se alimentar com dignidade. Conhecer o Cristo, uma das sete maravilhas do mundo moderno, também é um direito”.
Acesso à cultura e visibilidade social
Todos os visitantes tinham mais de 50 anos, e a maioria ultrapassava os 60. São pessoas em situação de rua que enfrentam diariamente o sol, a chuva e o frio no Rio de Janeiro. A ação buscou oferecer não apenas um passeio, mas um momento de inclusão cultural e espiritual, reafirmando que a cidadania vai além das necessidades básicas.
Somente neste ano, o Santuário Cristo Redentor já recebeu mais de 5 mil visitantes gratuitamente, reafirmando seu papel de acolhimento e fé.
Um passo a mais para humanizar realidades
Proporcionar essa experiência a pessoas em situação de rua é uma forma concreta de restaurar a dignidade de quem, muitas vezes, é invisibilizado pela sociedade. Além disso, ações como essa reconhecem o valor humano dessas pessoas, indo além das necessidades básicas e oferecendo acesso ao que também é essencial: cultura, beleza e pertencimento.
Ao abrir portas para vivências simbólicas, como a visita ao Cristo Redentor, o gesto reafirma que todos têm direito à emoção, à fé e ao encantamento. Dessa forma, iniciativas inclusivas não apenas acolhem, mas também transformam, promovendo afeto, memória, autoestima e o reconhecimento de que cada vida importa.
Portanto, ao oferecer experiências como essa, a sociedade dá um passo importante na construção de um mundo mais justo, solidário e verdadeiramente humano.