Escolha do curso de graduação está cada vez mais ligada às oportunidades no mercado de trabalho, segundo estudo nacional com universitários divulgado pelo Instituto Locomotiva em parceria com o CIEE. Além disso, a pesquisa revela que o desejo de crescimento profissional e estabilidade financeira tem orientado boa parte dos jovens na hora de decidir qual carreira seguir.
Dessa forma, o fator vocacional muitas vezes cede espaço para uma análise mais estratégica, baseada em perspectivas de empregabilidade, exigências da profissão e acesso a estágios. Enquanto isso, aspectos como realização pessoal, influência familiar e status acadêmico aparecem com menor peso na decisão, indicando uma mudança no perfil dos estudantes e nas prioridades diante do cenário educacional e econômico atual.
Escolha do curso de graduação reflete busca por futuro profissional
A escolha do curso de graduação é um dos momentos mais importantes da vida acadêmica de um jovem. Mais do que seguir vocações pessoais, os estudantes estão cada vez mais atentos às demandas do mercado e ao impacto que a decisão pode ter em suas trajetórias profissionais e financeiras.
Segundo pesquisa nacional realizada pelo Instituto Locomotiva em parceria com o CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), a maioria dos universitários brasileiros escolhe a graduação com base nas melhores oportunidades de trabalho. O levantamento ouviu 3.557 estudantes de todas as regiões do país, entre os dias 21 e 31 de março de 2025.
Além disso, outros fatores como desenvolvimento pessoal, estabilidade financeira e exigências da profissão também influenciam diretamente a decisão de qual curso seguir no ensino superior.
Ranking dos principais motivos na escolha do curso de graduação
Confira os principais fatores apontados pelos estudantes no momento da escolha da graduação:
- 59%: mais oportunidades no mercado de trabalho
- 48%: obter mais conhecimento e desenvolvimento pessoal
- 38%: melhorar condição financeira
- 35%: atender as exigências da profissão que quer seguir
- 28%: chances de estágio/primeira oportunidade de emprego na área
- 23%: sempre quis ter um diploma de ensino superior
- 7%: influência de amigos e familiares
- 2%: outros motivos
Dessa forma, nota-se que o pragmatismo tem guiado a maioria das decisões dos jovens, que buscam cursos com retorno concreto em empregabilidade e crescimento profissional. Por isso, muitos estudantes optam por áreas que oferecem maior demanda no mercado, como tecnologia, saúde e negócios, mesmo que não fossem suas primeiras escolhas em termos de afinidade pessoal.
Além disso, o acesso a dados sobre salários, taxas de empregabilidade e perspectivas futuras tem influenciado diretamente essas escolhas, reforçando uma postura mais racional e planejada. Enquanto isso, cursos tradicionalmente considerados por vocação, como artes ou filosofia, acabam sendo deixados de lado por parte significativa dos alunos.
Mercado, propósito e estabilidade motivam os estudantes
A pesquisa mostra que a escolha do curso de graduação não é feita de forma aleatória ou por mera influência externa. A maior parte dos entrevistados demonstra clareza sobre o que espera conquistar ao longo da formação.
Enquanto isso, fatores como vocação e tradição familiar têm perdido espaço para preocupações mais objetivas, como a viabilidade de inserção no mercado e a expectativa de uma carreira estável. Ou seja, o diploma passou a ser visto como meio para alcançar independência e realização pessoal.
Escolha do curso de graduação exige planejamento
A pesquisa do Instituto Locomotiva com o CIEE reforça a importância de orientar jovens na escolha do curso de graduação com base em informação, autoconhecimento e realidade do mercado. Escolher com consciência amplia as chances de sucesso acadêmico e profissional, além de evitar frustrações futuras.
Portanto, quanto mais os estudantes puderem refletir sobre suas habilidades, interesses e possibilidades, melhor será a jornada no ensino superior e na construção do próprio futuro.