Categoria Inovação

Formação do coração em 3D é filmada em embrião vivo pela primeira vez

Pesquisadores britânicos registraram, pela primeira vez, a formação do coração em 3D em um embrião vivo, com alta precisão e imagens inéditas. O estudo pode ajudar no diagnóstico e prevenção de doenças cardíacas congênitas

A formação do coração em 3D foi observada pela primeira vez em um embrião vivo, graças a um avanço obtido por cientistas da University College London (UCL) e do Francis Crick Institute. Eles acompanharam a origem das primeiras células cardíacas em tempo real e em alta resolução, abrindo caminho para novas possibilidades no entendimento do desenvolvimento do coração.

Para isso, os pesquisadores utilizaram uma técnica conhecida como microscopia de folha de luz, que permite registrar imagens tridimensionais de tecidos vivos sem causar danos. Com essa abordagem, foi possível capturar o momento em que as células se movimentam, se dividem e iniciam a construção das primeiras estruturas do coração.

Formação do coração em 3D permite acompanhar desenvolvimento cardíaco

No estudo, os cientistas usaram embriões de camundongos modificados geneticamente e adicionaram marcadores fluorescentes. Isso fez com que os cardiomiócitos células musculares do coração — brilhassem em diferentes cores, facilitando sua identificação e acompanhamento em imagens detalhadas.

Essas imagens mostraram com clareza o que acontece durante a gastrulação, fase crucial do desenvolvimento em que as células se especializam para formar órgãos essenciais, como o coração. A formação do coração em 3D, portanto, não apenas foi capturada em tempo real, mas também analisada com um nível de detalhe inédito na biologia.

De acordo com os autores, acompanhar o processo tão de perto ajuda a responder questões fundamentais sobre como o coração começa a se formar. Além disso, esse tipo de observação pode ser aplicado a outras fases do desenvolvimento embrionário.

Estudo pode contribuir para prevenir doenças cardíacas

A formação do coração em 3D, registrada em alta definição, pode se tornar uma ferramenta importante para a medicina. Isso porque, ao compreender melhor como o órgão se origina, os cientistas poderão identificar alterações que levam a doenças cardíacas congênitas.

Outro ponto importante é que o método utilizado pode ser adaptado para estudar outros órgãos em formação. Ou seja, o impacto vai além da cardiologia e pode beneficiar diferentes áreas da saúde.

Você já se perguntou como o coração começa a bater? Entender essa formação com precisão pode ser o primeiro passo para tratamentos mais eficazes no futuro — e para salvar vidas desde o início da existência.

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