Explosões do tamanho do Sistema Solar estão entre os eventos mais energéticos já registrados. Em 2023, pesquisadores da Universidade de Southampton, no Reino Unido, detectaram a AT2021lwx, a maior já observada. Publicado na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, o estudo revelou que o fenômeno ocorreu a 8 bilhões de anos-luz da Terra e durou mais de três anos consecutivos.
A energia liberada foi 100 vezes maior do que a de uma supernova comum. Segundo o astrônomo Philip Wiseman, o evento provavelmente foi causado por uma imensa nuvem de gás sendo absorvida por um buraco negro supermassivo. Esse processo emite uma quantidade colossal de radiação eletromagnética.
Como a ciência observa esses fenômenos
Fenômenos como AT2021lwx são conhecidos como eventos transientes extragalácticos. Ou seja, são explosões breves que ocorrem fora da Via Láctea. A detecção foi possível graças a sistemas como o Zwicky Transient Facility (ZTF) e o telescópio Pan-STARRS, que monitoram o céu em tempo real.
Além disso, esses sistemas ajudam os astrônomos a detectar mudanças rápidas no universo, como explosões, colisões ou absorções de matéria.
Por que estudar essas explosões é importante
Estudar explosões dessa magnitude contribui para a compreensão do comportamento dos buracos negros. Também revela detalhes sobre a formação de galáxias e de elementos químicos essenciais para a vida. Conforme novas tecnologias avançam, a precisão das descobertas aumenta.
O Telescópio James Webb e o Observatório Vera Rubin prometem revolucionar essa área. Com isso, os cientistas esperam detectar novos eventos extremos e responder questões sobre o início do universo, a matéria escura e o tempo-espaço.
Impactos que vão além da astronomia
Essas descobertas não apenas impulsionam a ciência, mas também ampliam nossa percepção sobre o cosmos. Explosões como a AT2021lwx nos aproximam das origens do universo e reforçam a importância da pesquisa espacial contínua.