Enquanto o mundo enfrenta os desafios da crise climática, o Brasil se posiciona como protagonista nas soluções tropicais para o crescimento sustentável. Com uma biodiversidade única, uma capacidade agrícola robusta e protagonismo no debate ambiental, o país vem avançando em práticas de economia circular, preservação ambiental e políticas de baixo carbono.
A urgência por modelos sustentáveis
Segundo o relatório Global Circularity Gap 2024, apenas 7,2% da economia mundial é considerada circular — ou seja, baseada na redução, reutilização e reciclagem de recursos. Este número representa um recuo em relação a anos anteriores. Isso, por sua vez, indica que o consumo global ainda está longe de ser sustentável, algo crucial para um verdadeiro crescimento sustentável.
Iniciativas brasileiras já chamam a atenção de especialistas internacionais. Projetos como o “Recicla Sampa“, em São Paulo, e o programa de bioeconomia da Amazônia Legal mostram como soluções locais geram impacto global. Essas ações, além disso, respeitam as especificidades ambientais, sociais e culturais de cada território, ao mesmo tempo em que impulsionam o crescimento sustentável.
Economia circular e transição verde
Segundo o IBGE (2023), o Brasil pode reaproveitar mais de 90% dos resíduos sólidos urbanos. No entanto, recicla apenas 4%. Essa diferença, de forma alarmante, escancara a urgência de implementar a economia circular como prioridade nas políticas públicas e nas estratégias empresariais. Como resultado, isso impulsionará um crescimento verdadeiramente sustentável.
Além disso, o país precisa descarbonizar sua indústria para avançar nessa direção. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que o Brasil pode cortar até 43% das emissões industriais até 2030. Para tanto, é fundamental adotar tecnologias limpas e criar os incentivos certos.
Sustentabilidade como motor da inovação
Empresas de diversos setores também vêm transformando seus modelos de negócio para incorporar princípios ESG. Startups de moda circular, agricultura regenerativa e mobilidade elétrica têm ganhado espaço e atraído investimentos, evidenciando que o crescimento sustentável é, na verdade, um caminho viável e lucrativo.
“O crescimento sustentável deixou de ser uma tendência para se tornar uma necessidade. É uma agenda que une responsabilidade, inovação e vantagem competitiva”, afirma Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
Brasil sedia o World Circular Economy Forum (WCEF) 2025
Para consolidar ainda mais seu papel no cenário internacional, o Brasil sediará, pela primeira vez, o World Circular Economy Forum (WCEF). Este é um dos eventos mais relevantes sobre economia circular do planeta. Entre os dias 13 e 16 de maio de 2025, líderes globais, especialistas e representantes de governos e empresas se reunirão no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Eles discutirão soluções tropicais para o crescimento sustentável.
Com participação online gratuita aberta ao público, o fórum será uma oportunidade única para conectar saberes e fortalecer compromissos. Isso, sem dúvida, contribuirá para um futuro mais equilibrado, resiliente e justo para todos. Crescimento sustentável estará no coração dessas discussões.