Categoria Carreira Profissional

Mulheres na medicina superam homens pela primeira vez no Brasil

O estudo Demografia Médica no Brasil 2025 revela que, pela primeira vez, as mulheres na medicina são maioria entre os médicos em atividade no país. Com 50,9% de participação feminina, o cenário marca uma mudança histórica na profissão. Além disso, o número total de médicos dobrou em 12 anos, com projeção de 1,15 milhão de profissionais até 2035

Pela primeira vez, as mulheres na medicina formam a maioria dos médicos em atividade no Brasil, segundo dados da nova edição do estudo Demografia Médica no Brasil 2025. De acordo com a pesquisa, conduzida pela Faculdade de Medicina da USP e divulgada pelo Ministério da Saúde, 50,9% dos profissionais da área já são do sexo feminino.

Esse dado representa uma virada histórica na composição da força de trabalho médica no país, marcando um avanço importante em termos de representatividade e igualdade de gênero na saúde.

Avanço feminino transforma cenário da medicina

Em 2025, o Brasil tem 635.706 médicos em atividade, o maior número já registrado. A grande novidade está na composição desse grupo: as mulheres na medicina passaram a ser maioria, com 50,9% dos profissionais em atuação.

A projeção é que, até 2035, a participação feminina chegue a quase 56%, consolidando uma mudança histórica na profissão.

Perfil da medicina brasileira em transformação

Além do crescimento da presença feminina, o estudo apontou outras tendências relevantes. Veja os principais destaques:

  • Crescimento acelerado:
    O número de médicos dobrou desde 2010, saltando de 304 mil para 635 mil. A projeção para 2035 é de 1,15 milhão.
  • Mais mulheres na medicina:
    Em 2009, eram 40,5%. Em 2025, passam a 50,9%. A estimativa para 2035 é de quase 56%.
  • Estudantes cotistas:
    Um em cada 10 estudantes de medicina ingressou por sistema de cotas.

Distribuição desigual e presença de mulheres na medicina

Embora o total de profissionais cresça, a distribuição continua concentrada nas capitais. Veja os dados fora das capitais, por região:

  • Sudeste: 2,64 médicos por mil habitantes
  • Sul: 2,35
  • Centro-Oeste: 1,58
  • Nordeste: 0,95
  • Norte: 0,75

No interior de São Paulo, a razão é de 2,70. Já em Roraima e Amazonas, os índices são de apenas 0,13 e 0,20, respectivamente.

Capitais têm densidade bem acima da média

A média nacional é de 3,08 médicos por mil habitantes. No entanto, as capitais apresentam densidade superior:

  • Sul: 10,26
  • Sudeste: 7,33
  • Nordeste: 6,95
  • Centro-Oeste: 6,76
  • Norte: 3,78

Medicina cresce além da população

Desde 1980, o crescimento de profissionais foi constante. Em 1980, o país contava com 113 mil médicos. Em 2020, já eram mais de 480 mil. A partir de 2010, o ritmo se intensificou, com saldos anuais acima de 20 mil novos médicos.

Esse avanço reflete mudanças estruturais no ensino e no mercado de trabalho, com destaque para o protagonismo crescente das mulheres na medicina.

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