Jeannie Rice, corredora de 77 anos, tem chamado a atenção da ciência e do mundo esportivo por seu condicionamento físico surpreendente. De origem asiática e residente nos Estados Unidos, ela quebrou o recorde mundial de maratona na faixa etária de 75 a 79 anos e foi tema de um estudo publicado no Journal of Applied Physiology. O resultado impressiona: seu desempenho é comparável ao de uma mulher de 25 anos.
Desempenho atlético surpreende pesquisadores
Segundo o estudo, Jeannie Rice apresentou o maior VO2 máx. já registrado em uma mulher com mais de 75 anos. Esse índice mede a capacidade de consumo de oxigênio durante a atividade física e indica aptidão aeróbica. A marca foi registrada poucos dias após ela completar a Maratona de Londres em 3h33min27s.
Durante os testes, os pesquisadores analisaram sua frequência cardíaca, estrutura muscular e composição corporal. O destaque foi sua frequência cardíaca máxima de 180 bpm — muito acima da média esperada para sua idade, que seria de 155 bpm.
Estilo de vida e rotina de treino de Jeannie Rice
Rice corre, em média, 80 km por semana, aumentando para até 120 km quando está em preparação para uma maratona. Ela reserva apenas um dia de descanso e complementa os treinos com musculação leve três vezes por semana.
A atleta começou a correr aos 35 anos. Antes disso, só frequentava aulas de dança coreana. Mesmo após mais de três décadas de prática, sofreu apenas uma lesão, ao torcer o tornozelo em 2024 — uma demonstração de sua notável resiliência.
Longevidade ativa e inspiração para outros corredores
Jeannie Rice afirmou que mantém uma vida social ativa e gosta de sair para dançar — exceto na semana de provas importantes. Ela também revelou que se sente tão jovem quanto aos 50 anos e pretende correr até os 80. Sua maior inspiração é a lendária Joan Benoit Samuelson, vencedora da primeira maratona olímpica feminina, em 1984.
O estudo reforça que atletas master femininas ainda são pouco analisadas pela ciência. A boa notícia é que casos como o de Rice estão mudando essa realidade, mostrando que o alto desempenho na terceira idade é possível e pode inspirar pessoas de todas as idades.