A inteligência artificial pode superar a mente humana até 2027, segundo o novo relatório “AI 2027”. O relatório, produzido pelo AI Futures Project, traz cenários imaginados com base em pesquisas rigorosas para preparar o mundo para o avanço rápido da IA.
Criado por Daniel Kokotajlo, ex-pesquisador da OpenAI, e Eli Lifland, especialista em previsões globais, o projeto busca antecipar consequências do uso descontrolado da tecnologia. Embora a narrativa apresentada no relatório tenha tom de ficção científica, os autores reforçam que seu objetivo é justamente provocar reflexão e preparar governos, empresas e a sociedade para os riscos e possibilidades reais da IA.
Inteligência artificial: projeto mapeia cenários com base científica
O “AI 2027” descreve, por exemplo, a criação de sistemas que podem automatizar tarefas, supervisionar equipes e até tomar decisões por conta própria. Na história fictícia, esses sistemas — chamados de Agentes — evoluem até o ponto em que produzem novas versões de si mesmos, mais eficientes e inteligentes, em ciclos cada vez mais rápidos.
Essas ideias não são previsões vazias. O grupo passou um ano refinando centenas de hipóteses e contratou o escritor Scott Alexander para transformar as análises em uma narrativa acessível. Apesar de divergências dentro da comunidade científica, há consenso sobre a importância de debater esses possíveis caminhos, antes que se tornem realidade.
Debate técnico e precaução como boas notícias
Nem todos concordam com as conclusões do relatório. Alguns especialistas, como Ali Farhad, do Allen Institute, questionam a base científica das previsões. Ainda assim, o movimento liderado por Kokotajlo chama atenção para algo positivo: a inteligência artificial está sendo estudada com seriedade e responsabilidade por diversos grupos independentes.
Grandes empresas de tecnologia, como as do Vale do Silício, também estão se preparando para um mundo em que a IA tenha papel cada vez maior. Mesmo previsões que antes pareciam improváveis, como o sucesso de máquinas no teste de Turing, já se concretizaram.
A boa notícia é que há pesquisadores pensando no futuro de forma preventiva, antecipando riscos e criando soluções. O trabalho do AI Futures Project mostra que, mesmo diante de incertezas, é possível construir cenários mais seguros e informados para o avanço tecnológico.